“Ninguém vai preso. Vão para governadores do Banco de Portugal”, diz Pinto da Costa

O presidente do FC Porto critica a Direção-Geral da Saúde, o modo como a política trata o futebol e até fala do Novo Banco. “Mas é assim e as pessoas estão lá. Ninguém vai preso e ainda são promovidas. Vão para governadores do Banco de Portugal”, aponta, numa entrevista ao jornal O Jogo.

Pinto da Costa está revoltado com incerteza que reina quanto ao possível regresso de público aos estádios e aponta críticas à Direção-Geral da Saúde (DGS), mas estende as críticas a outras áreas.

“É o que é. Também há tanto absurdo…”, lamenta Pinto da Costa, não compreendendo como é que, por exemplo, os camarotes nos estádios continuam vazios quando, em alguns casos, são ocupados por uma mesma família que, não indo ao estádio, acaba por se juntar em casa para ver futebol.

Em entrevista ao jornal O Jogo, Pinto da Costa não falou apenas de futebol. E aborda até a questão do Novo Banco.

“Você quer maior absurdo do que o que está a acontecer no Novo Banco? Mas é assim e as pessoas estão lá. Ninguém vai preso e ainda são promovidas. Vão para governadores do Banco de Portugal, vão tudo, e ninguém acha bem. Você vai à Assembleia da República e estão todos a criticar, mas é assim”, diz.

Pinto da Costa estima que uma temporada sem público no Estádio do Dragão tenha um reflexo de 27 milhões de euros de prejuízo nas contas azuis e brancas.

E também por isso lamenta que a DGS ainda não tenha reunido com representantes da Liga, para abordar o eventual regresso de público aos estádios.

“O futebol só serve para o Presidente da República ir entregar a Taça e as medalhas”, acusa.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que o dirigente portista critica a ausência de público nos estádios. Já o fez por diversas vezes, com ironia, quando prometeu contratar Bruno Nogueira, numa alusão ao espetáculo do humorista que teve público; e sem ironia, quando lamentou que a final da Taça de Portugal tivesse as bancadas vazias.

Pinto da Costa também criticou recentemente a incongruência, na sua opinião, de as touradas já poderem ter público, ao contrário do futebol.

Nesta entrevista, fez saber que esse sentimento de revolta é comum a outros dirigentes de clubes.

“Quando falo com os colegas de outros clubes, todos estão de acordo comigo, todos pensam o mesmo: acham inconcebível. Não sei se não falam por medo ou por qualquer estratégia, ou por não lhes darem oportunidade de falar”, concluiu.

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