Nas Notícias

“Ninguém compreende que quem nos empresta não dê também uma contribuição para a consolidação”

ribeiro e castroUma cimeira “por uma Europa com responsabilidade financeira mas solidária” seria mais importante, no entender de Ribeiro e Castro, do que receber a visita da chanceler alemã. Para o eurodeputado, Merkel será “bem-vinda” se anunciar “uma redução da parcela de juros”.

A anunciada visita de Angela Merkel a Portugal seria uma boa oportunidade para a União Europeia demonstrar a faceta solidária. A ideia partiu do eurodeputado Ribeiro e Castro, que aproveitou para sugerir uma cimeira com os líderes “que se têm manifestado por uma Europa com responsabilidade financeira mas solidária”.

Nesse encontro, além dos responsáveis pelos governos de Espanha, França, Grécia e Itália, deveriam também participar a chanceler do ‘motor’ da Europa, o presidente da Comissão Europeia e a diretora do Fundo Monetário Internacional. “Numa linha de responsabilidade financeira e de solidariedade, essa cimeira poderia ter resultados muito importantes”, explicou o antigo presidente do CDS-PP.

É nesse sentido que Ribeiro e Castro assegura que, ao contrário do que aconteceu na Grécia, Angela Merkel poderá ser bem recebida em Portugal. Para tal, basta que dê a conhecer um alívio ao programa de austeridade: “a chanceler da Alemanha será muito bem-vinda a Portugal se for para associar o governo alemão à ideia de que deve haver uma redução da parcela de juros que está a ser cobrada a Portugal”.

Até porque, adianta, os credores são dos principais interessados na retoma da economia portuguesa, o que iria garantir o cumprimento dos pagamentos acordados: “ninguém compreende que quem nos empresta dinheiro não dê também uma contribuição para a consolidação orçamental portuguesa, contribuição essa que não representa nenhum sacrifício, mas apenas a redução de um spread que é excessivo e foi definido de início como uma componente punitiva”.

Em destaque

Subir