No dia em que um atentado suicida provocou dois mortos na Universidade de Kano, a Nigéria anunciou a detenção a detenção de uma menina, de 10 anos, que carregava um cinto de explosivos. Junto com a criança seguiam dois homens, suspeitos de integrarem o Boko Haram.

O uso de crianças para a guerra não incomoda os propósitos terroristas do grupo islâmico Boko Haram. Hoje, na Nigéria, dois alegados membros do grupo rebelde acompanhavam uma menina de 10 anos, a qual estava carregada com um cinto de explosivos.

Mike Omeri, o porta-voz do Governo nigeriano, explicou que a polícia mandou parar uma viatura em Katsina, no norte do país (a zona onde o Boko Haram está mais ativo), tendo detido a menina e os dois homens.

Os suspeitos ainda tentaram fugir quando as autoridades descobriram o cinto de explosivos na menina, mas foram rapidamente capturados.

A notícia foi revelada no dia em que um atentado suicida provocou dois mortos e pelo menos oito feridos, em Kano.

Uma mulher, de idade ainda não confirmada, fez-se explodir na universidade local. Foi o quinto atentado suicida só esta semana, tendo sido todos executados por mulheres.

O mais recente havia sido ontem, quando uma aluna de uma universidade politécnica se fez explodir e matou mais duas pessoas.

Na segunda-feira, houve duas explosões, uma numa fila para comprr querosene (três mortos) e outra num shopping (apenas a autora do atentado).

No domingo, foi uma adolescente de 15 anos a perpetrar outro ataque, junto a uma outra universidade, mas do ato apenas resultaram ferimentos em cinco polícias.

O Presidente, Goodluck Jonathan, já condenou a “nova campanha desumana” do Boko Haram, repudiando os rebeldes islamitas pela “exploração perversa” de crianças e adolescentes.

O grupo terrorista já era conhecido pela violência dos ataques, mas tornou-se mundialmente famoso quando, em abril, sequestrou cerca de 200 raparigas.

O objetivo do Boko Haram é criar um estado islâmico no norte da Nigéria.