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Nicolás Maduro convida enviado de Donald Trump a deslocar-se à Venezuela

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na quinta-feira que convidou o enviado especial dos Estados Unidos a deslocar-se ao país e que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros manteve recentemente contactos com responsáveis oficiais dos EUA em Nova Iorque.

Em entrevista à agência noticiosa Associated Press (AP), o Presidente venezuelano indicou que o segundo de dois encontros ocorreu quatro dias após o enviado norte-americano, Elliott Abrams, ter referido que o tempo para o diálogo com o Governo de Maduro estava esgotado.

Apesar de criticar a atitude de confrontação do seu homólogo dos EUA, Maduro disse que mantém a esperança num encontro com Donald Trump para resolver o impasse relacionado com o facto de este ter reconhecido o opositor Juan Guaidó como líder legítimo da Venezuela.

Maduro voltou a repetir que não vai abandonar o poder e considerou a ajuda humanitária dos EUA colocada junto à fronteira como “migalhas”, e após a administração norte-americana ter congelado milhares de milhões de dólares de bens venezuelanos.

Em paralelo, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas disse que Moscovo está “muito preocupado que alguns maníacos possam considerar uma ação militar contra a Venezuela”.

Em declarações aos jornalistas no quartel-general da ONU na quinta-feira, Vassily Nebenzia considerou que essa decisão “constituiria um desenvolvimento muito negativo”.

O diplomata acrescentou que mesmo os países latino-americanos que apoiam a oposição venezuelana contra Maduro “são categoricamente contra qualquer ação militar e intervenção na Venezuela”.

Numa referência à ajuda humanitária que está a ser enviada para as fronteiras da Venezuela, Vassily Nebenzia considerou que está a ser utilizada “como uma ferramenta no jogo político”, definiu estas manobras como uma provocação “que pode levar a algo muito pior que isso” e considerou que o Governo de Caracas pode sempre pedir ajuda humanitária às Nações Unidas.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Lusa

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Lusa

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