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News Corp. fecha jornal digital para iPad com menos de dois anos de vida

rupert murdoch 1Publicação foi lançada em fevereiro do ano passado mas segue o caminho de muita imprensa em papel. Perdas estavam estimadas em cerca de 30 milhões por ano. Responsáveis dizem que aprenderam a lição.

O jornal digital ‘The Daily’, propriedade da News Corporation, vai fechar portas. A confirmação surge da própria companhia de Rupert Murdoch, que vê assim cair a ideia ao fim de menos de dois anos. Em agosto passado, começavam a ser sentidos os primeiros alertas, quando foram despedidos cerca de 50 funcionários.

O ‘The Daily’ foi lançado em fevereiro de 2011. Com o ‘boom’ dos tablets, a gigante norte-americana apostou num formato exclusivo para o iPad, cobrando aos leitores um preço pelos conteúdos (um dólar por semana ou 39,99 por ano). Viria mais tarde a lançar versões para sistemas Android e para o Kindle Fire, da Amazon, mas o jornal estava mesmo destinado ao fracasso. Estima-se que as perdas anuais eram superiores a 30 milhões de euros.

A publicação empregava mais de uma centena de funcionários, que serão agora transferidos para o ‘New York Post’. O objetivo é que ajudem este a aumentar o destaque na edição online, após uma experiência mal sucedida no ‘The Daily’: “Tudo isto fará com que o New York Post fique mas forte na Internet”, garante Rupert Murdoch.

Segundos os analistas, a ‘morte’ deste jornal digital deve ser olhada como mais uma lição para as gigantes da comunicação social: “O poder passou dos editores para os consumidores”, defende Lance Ulanoff, editor do Mashable.

Crise
Rupert
Murdoch, considerado um dos homens mais importantes do planeta, é indiscutivelmente um homem de sucesso. Aos 81 anos, lidera a maior grupo de média do mundo. Porém, a sua companhia já viveu dias melhores. Em julho de 2011, fechou o News of The fechou o News of The World, após o escândalo das escutas ilegais.

Também na área das redes sociais os negócios tornaram-se péssimos para Murdoch. Em 2005, a News Corp adquiria o MySpace por 580 milhões de dólares, na altura uma das maiores plataformas sociais do mundo. Em junho de 2011, acabaria por vendê-la por 35, num dos piores negócios da história da gigante norte-americana.

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