Mundo

Netanyahu avisa que Israel irá proteger-se perante a retirada dos EUA da Síria

O primeiro-ministro israelita disse hoje que respeita a decisão de Donald Trump de retirar da Síria os dois mil soldados que os Estados Unidos mantêm no terreno, mas avisou que o seu país “irá proteger-se perante a nova situação”.

“Esta é, naturalmente, a decisão dos Estados Unidos. Israel defenderá a sua segurança, protegendo-se nesta frente”, disse Benjamin Netanayahu, em comunicado.

Os Estados Unidos anunciaram hoje que vão retirar da Síria os dois mil soldados norte-americanos, “de forma rápida e completa”.

A iniciativa terá partido do próprio Presidente dos EUA, Donald Trump, e produzirá efeitos já em 2019, embora os norte-americanos continuem com tropas no Iraque, com capacidade de desferir ataques na Síria.

Netanyahu revelou hoje que discutiu o assunto na segunda-feira, ao telefone, com Trump e com o secretário de Estado americano Mike Pompeo.

“A Administração americana informou-me sobre a intenção do Presidente de retirar as suas tropas da Síria. Esclareceram que têm outras formas de exercer a sua influência neste cenário”, adiantou o primeiro-ministro israelita.

As tropas americanas lideram desde 2014 a coligação internacional contra a ameaça terrorista.

“Derrotámos o [grupo ‘jihadista’] Estado Islâmico na Síria, a única razão para estar ali durante a Presidência”, afirmou Donald Trump através da sua conta na rede social Twitter.

Netanyahu assegurou que durante a conversa com Trump e Pompeo foi discutido o calendário da retirada das tropas e as implicações que essa mediada terá para a segurança de Israel.

Os israelitas têm manifestado repetidamente preocupação pela crescente influência do Irão na Síria.

Analistas de Israel antecipam que a retirada americana dará o controlo total da Síria às forças do Presidente Bashar al-Assad, ao seu aliado iraniano e à milícia xiita libanesa Hezbollah.

Israel tem mantido até aqui alguma liberdade de ação na Síria, através de bombardeamentos contra alvos determinados, na tentativa de impedir que o Irão reforce a sua presença no país.

Em destaque

Subir