Economia

“Negócio da TAP é ruinoso”, acusa Associação Comercial do Porto

“Não podemos ser apelidados de regionalistas, bairristas quando estão em causa questões tão importantes”, assinalou Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, que antevê injeções de capital na transportadora semelhantes às que foram feitas no Novo Banco e no BPN.

A Associação Comercial do Porto não compreende o acordo anunciado pelo Governo, que garante ao Estado o controlo da TAP, num “negócio ruinoso”.

Dos cofres do erário público sairão 55 milhões de euros, para David Neeleman, que sairá da transportadora, ficando o Estado com 72,5 por cento da empresa.

O acordo foi anunciado pelo Governo ontem. Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, convocou uma conferência de imprensa, que decorreu na manhã desta sexta-feira, para manifestar incompreensão e preocupação.

“As injeções financeiras na TAP vão estar ao nível do Novo Banco, da Caixa, do BPN. São negócios ruinosos”, destaca Nuno Botelho.

Para o presidente da Associação Comercial do porto, esta solução acarreta “um desperdício de dinheiro público que deveria ser evitado”.

O responsável salienta ainda que aquela associação não poderia remeter-se ao silêncio, perante este acordo.

“Não é nada contra o Governo nem contra ninguém. É a favor do país”, insiste Nuno Botelho, que afasta qualquer acusação de bairrismo, falando em nome da defesa do País.

“É do interesse dos portugueses. Não podemos ser apelidados de regionalistas, bairristas quando estão em causa questões tão importantes”.

A Associação Comercial do Porto antevê uma fatura elevada para os cofres públicos, o que poderá representar medidas “nocivas” para os contribuintes portugueses, no futuro.

Recorde-se que aquela associação já tinha interposto uma providência cautelar, com a finalidade de travar a injeção de capital na transportadora, de 1,2 mil milhões de euros.

No entanto, o Supremo Tribunal Administrativo deu luz verde ao Governo, que pode assim avançar com essa transferência de capitais públicos para a TAP.

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