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“Necessidade”: Cameron quer Reino Unido a atacar o Estado Islâmico “no coração”

david cameron v2A decisão é para ser tomada “agora”, afirmou David Cameron. Cumprindo uma promessa, o primeiro-ministro britânico garantiu que vai pedir autorização ao Parlamento para que o Reino Unido se junte à coligação que está a bombardear o Estado Islâmico na Síria.

A promessa de Cameron data deste os ataques de 13 de novembro em Paris, quando o governante lembrou que derrotar o terrorismo é um esforço coletivo a nível mundial.

Hoje, o primeiro-ministro britânico voltou a defender que a Grã-Bretanha tem de juntar-se aos ataques aéreos contra o ISIS na Síria e não “subcontratar a segurança a outros países”.

“Temos de tomar uma decisão agora quanto aos ataques aéreos na Síria”, instou David Cameron, numa carta enviada aos deputados.

Na missiva, David Cameron vincou que devem ser defendidos os interesses e a segurança do país e salientou que a carga não deve cair somente nos aliados da Grã-Bretanha.

O grupo jihadista “não é um problema remoto a milhares de quilómetros”, insistiu, pois “tirou a vida a reféns britânicos e perpetrou nas praias de Tunes o pior ataque terrorista contra cidadãos do Reino Unido desde os atentados de Londres em 2005”.

Com esta carta, Cameron cumpriu a promessa que fez mal regressou de Paris: “Vou defender a necessidade de nos unirmos aos nossos aliados internacionais para perseguir o Estado Islâmico nos seus próprios quartéis-generais, na Síria, e não apenas no Iraque”.

Desde o ano passado que o Reino Unido tem atacado as posições do ISIS, mas no Iraque. No ano anterior (2013), o Parlamento britânico negou a Cameron o pedido para bombardear a Síria, para travar as atrocidades cometidas contra o próprio povo pelo regime do Presidente Bashar al-Assad.

“Explicarei que a nossa ação deve estar integrada numa ampla estratégia e de longo prazo para derrotar o Estado Islâmico, em paralelo com os esforços internacionais para pôr termo à guerra na Síria”, escreveu Cameron.

O plano do governante contempla um reforço de 12 mil milhões de libras (17.040 milhões de euros), ao longo da próxima década, no orçamento militar do Reino Unido.

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