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Naufrágio: Presidente da Coreia critica comportamento “assassino” do comandante

A presidente da Coreia do Sul criticou duramente o comportamento da tripulação do navio que naufragou, em especial o do comandante. A conduta dos profissionais foi “completamente incompreensível, inaceitável e semelhante a um assassinato”, afirmou Park Geun-hye.

O comandante do “Sewol”, o ‘ferry’ que na semana passada naufragou no mar da Coreia, teve uma conduta que a Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, equiparou a “um assassinato”.

Prometendo que os responsáveis pelo naufrágio vão responder “civil e criminalmente” pelo acidente, a chefe de Estado criticou a conduta “completamente incompreensível, inaceitável e semelhante a um assassinato”, de toda a tripulação, mas com ênfase no comandante.

As críticas, constantes num comunicado emitido pela Presidência, surgem após a crescente contestação à alegada “lentidão” das autoridades na busca de desaparecidos, no socorro aos sobreviventes e no resgate dos cadáveres.

As equipas de mergulhadores continuam a retirar corpos do interior do navio, mas o balanço mais recente aponta para a existência de 238 desaparecidos.

De acordo os dados oficiais, o naufrágio provocou a morte de 64 pessoas, mas 174 passageiros foram resgatados com vida.

À medida que vão sendo retirados do interior do “Sewol”, os cadáveres são transportados para uma morgue em Jindo, uma ilha no sul do país que fica próxima ao local do acidente.

A conduta “semelhante a um assassínio” do comandante do navio, segundo a Presidente, é criticada em especial por não ter emitido uma ordem de evacuação do navio.

Lee Joon-seok, o comandante do ‘ferry’, justificou não ter dado a ordem com a força da corrente, alegando que vários passageiros poderiam ser levados pelas ondas.

As autoridades divulgaram a transcrição das últimas comunicações entre o “Sewol” e os controladores em terra, nas quais o navio questionava a existência de barcos para um rápido socorro dos passageiros se houvesse necessidade de emitir uma ordem de evacuação.

Os investigadores continuam sem apurar a causa do naufrágio, mas os indícios apontam cada vez mais para uma curva apertada que terá desequilibrado a carga, forçando o navio a adornar.

Foi concluído que o comandante não estava na ponte quando o “Sewol” começou a adornar: quem estava ao comando era um terceiro oficial que nunca navegara na zona onde o acidente ocorreu.

Lee Joon-seok, de 69 anos, e outros dois membros da tripulação foram detidos e vão responder por negligência e violação de lei marítima. Outros quatro membros foram detidos para serem acusados de falha na proteção dos passageiros.

O “Sewol” naufragou quando rumava à ilha de Jeju, um popular destino turístico da Coreia do Sul.

A bordo seguiam 476 pessoas, incluindo 339 adolescentes e professores numa viagem escolar.

https://www.youtube.com/watch?v= Nd9b1FfAAsM

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