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Naufrágio na Coreia: “Corrupção e negligência” apontadas como causas

capitao em cuecas O primeiro relatório do naufrágio do ‘Sewol’, em abril, aponta como causas a “corrupção e negligência” da administração regional portuária, que permitiu ao ‘ferry’ operar apesar de modificado ilegalmente. A guarda costeira também teve responsabilidades, segundo os peritos.

O capitão do ‘Sewol’, o ‘ferry’ que naufragou a 16 de abril ao largo da Coreia do Sul, não irá ao fundo sozinho: as autoridades estão a apurar que há mais responsáveis pela tragédia que vitimou 304 pessoas.

De acordo com o relatório elaborado pela agência governamental que investiga o acidente, o Conselho de Auditoria e Inspeção, o naufrágio ocorreu com a complacência da administração regional portuária e da guarda costeira.

Os peritos acusam a administração portuária de ter concedido uma licença de operação apesar de saberem que o ‘Sewol’ tinha sido modificado, ilegalmente, de forma a carregar mais carga.

Onze funcionários da administração portuária vão ser constituídos arguidos por corrupção.

O Conselho apontou ainda o dedo à débil regulação marítima, à precaridade das inspeções de segurança e à resposta lenta e mal coordenada da guarda costeira.

No entender os peritos, a guarda costeira desperdiçou tempo ao lançar a operação de socorro e emitiu várias ordens erradas, mostrando-se incapaz de manter uma comunicação adequada.

A responsabilização de outras entidades não iliba Lee Joon-seok, o capitão do navio que continua a ser julgado, em conjunto com outros 14 membros da tripulação, por homicídio involuntário de 304 passageiros (23 mantêm-se desaparecidos).

Lee Joon-seok, de 68 anos, abandonou o navio durante o naufrágio, em cuecas, e depois de ter dado ordens para que os passageiros se mantivessem nas cabines.

O capitão, a ser julgado na cidade de Gwangju, pode ser condenado à prisão perpétua.

Apenas 172 das 476 pessoas a bordo sobreviveram ao naufrágio.

Reveja o momento em que o capitão é apanhado a abandonar o navio em cuecas:

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