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Nasdaq estabelece terceiro recorde consecutivo em dia de alta em Wall Street

Na bolsa nova-iorquina, o Nasdaq estabeleceu hoje um terceiro recorde consecutivo no fecho da sessão, que foi dominada pela forte subida dos títulos financeiros, no seguimento da alta das taxas de juro norte-americanas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq avançou 0,67 por cento, para uns inéditos 7.689,24 pontos.

O seletivo Dow Jones Industrial Average apreciou-se 1,40 por cento, para as 25.146,39 unidades, e o alargado S&P500 ganhou 0,86 por cento, para as 2.772,35.

“O potencial primeiro passo do Banco Central Europeu (BCE) para a normalização monetária ajudou as taxas de juro a subir”, indicou Art Hogan, da Wunderlich Securities.

A tensão no mercado da dívida da Zona Euro aumentou hoje depois dos comentários de dirigentes do BCE, que apontaram para a realização de uma discussão sobre o fim das compras de dívida. Esta alta repercutiu-se nas taxas de juro norte-americanas.

O rendimento dos títulos de dívida norte-americana a 10 anos, às 20:15 de Lisboa, subia para os 2,972 por cento, dos 2,928 por cento que registava na terça-feira, enquanto o das obrigações a 30 anos aumentou de 3,084 por cento para 3,124 por cento.

“As taxas de juro mais elevadas aproveitam aos rendimentos dos bancos”, comentou Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

Em resultado, o subíndice que junta os valores financeiros no S&P500 subiu 1,84 por cento.

Em termos concretos, o Bank of America valiorizou 3,16 por cento, o Morgan Stanley 2,23 por cento, o Goldman Sachs 1,70 por cento e o Citigroup 2,20 por cento.

Os investidores pareceram assim pouco preocupados com as perspetivas de uma guerra comercial à escala internacional, no dia seguinte ao Wall Street Journal ter publicado que a China tinha proposto comprar mais 70 mil milhões de dólares (59,4 mil milhões de euros) de bens aos EUA, na condição de o Governo Trump abandonar a ameaça de aplicar tarifas alfandegárias sobre importações chinesas no montante de 50 mil milhões de dólares.

“Há uma grande diferença entre a alusão aos 70 mil milhões de dólares e o desejo dos EUA de um acordo incidente sobre 200 mil milhões de dólares. Mas, pelo menos, é um passo na boa direção”, observou Hogan.

Um avanço notável verificado na sessão foi o do construtor automóvel Tesla, que subiu 9,74 por cento. O seu presidente, Elon Musk, afirmou na véspera que a produção do seu veículo Model 3, crucial para o futuro do grupo, deveria atingir até ao final de junho o objetivo de cinco mil veículos construídos por semana.

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