Desporto

“Não sou daquela geração de políticos que eram todos da Académica”, diz Medina

Presidente da Câmara de Lisboa ao ataque, numa reação às críticas sobre a sua inclusão na comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira.

O presidente da Câmara de Lisboa reagiu à polémica que também o envolve, no caso da comissão de honra de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica que contará com os apoios do primeiro-ministro e do líder da edilidade lisboeta.

No seu espaço de comentário na TVI, Fernando Medina começou por recordar que esta decisão de integrar aquela comissão ocorreu há quatro anos.

“Eu já fazia parte da comissão de honra há quatro anos. Tal como o primeiro-ministro. E não me recordo de uma única notícia a esse respeito, há quatro anos. Nenhuma”, assinalou.

Confrontado com os desenvolvimentos verificados nestes quatro anos, em particular os casos judiciais que envolvem o presidente do Benfica, Fernando Medina contrapõe:  

“No meu entendimento, participar na vida eleitoral de um clube de que faz parte é algo que, na liberdade de cada cidadão, não tem qualquer incompatibilidade. Não vejo eu, que já fiz parte dessa comissão, nem o primeiro-ministro. Não tem qualquer influência na minha capacidade institucional e na forma como exerço as minhas funções”, defendeu Medina.

“Nunca escondi que era do Benfica. Não sou daquela geração de políticos que eram todos da Académica… Não sou da Académica. Sou do Benfica”, acrescentou, com ironia.

Fernando Medina reagiu mal às perguntas que lhe foram colocadas, na TVI, e considerou que existiu um preconceito, ou um juízo de valor relativamente a Luís Filipe Vieira.

“A crítica sobre isto é uma matéria pessoal, ou política, e não pode variar com a simpatia sobre o candidato escolhido”, dispara.

O presidente da Câmara de Lisboa realça que “hoje em dia, tudo é tema”. Respeitando essas opções, mesmo as editoriais, Medina aborda o momento em que “termina a liberdade do cidadão e começa o bloqueio institucional”.

“Fui muito claro. Defendo que um titular de cargos públicos não deve ocupar lugares diretivos”, disse.

Ao falar de ética, Fernando Medina parte para o ataque:

“No cariz ético, implica da parte de quem coloca a pergunta um juízo de valor. Se fosse outra candidatura, de outro clube, já não haveria problema?”

“Vejo muitas notícias de jornais, vejo tudo o que se passa. Mas mau seria sequer imaginar que alguma coisa no funcionamento da Justiça colidiria com o facto de eu ter algum apoio a um candidato concreto”, apontou.

Fernando Medina reitera que no passado já integrou a comissão de honra de Vieira e recorda que “isso não prejudicou a relação institucional com outros clubes. Fui sempre imparcial na minha atuação como presidente da Câmara”.  

“O que muda é uma certa perceção, o sentimento de algumas pessoas e também a apreciação de alguns a uma candidatura”, acusou, defendendo a teoria de que esta polémica só surge porque está em causa o Benfica e Luís Filipe Vieira.

Em destaque

Subir