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“Não sentir ansiedade é um luxo a que se podem dar aqueles que têm a certeza de um salário no final do mês”, responde Ljubomir ao ministro

O ministro Pedro Siza Vieira disse que Ljubomir Stanisic tem feito muitas propostas para a restauração e estas têm sido feitas “sempre de forma muito ansiosa”.

O chef de cozinha, rosto dos protestos do último final de semana no setor da restauração, que reclama apoios em contexto de pandemia, diz que anda “ansioso” e explica ao ministro quem durante a pandemia pode dar-se ao “luxo” de não andar.

“Se pareço ansioso, é porque provavelmente o estou, de facto. Não sentir ansiedade neste momento é não ter noção da realidade ou, se calhar, é um luxo a que só se podem dar aqueles que não têm empregados a seu cargo e têm a certeza de um salário no final do mês”, respondeu Ljubomir Stanisic.

Em declarações no jornal ECO, o chef de cozinha lembra o ministro da Economia que as contas e despesas dos restaurantes não têm parado mesmo com o fecho de portas em alguns períodos devido à covid-19.

“Vejo os créditos que o banco me deu — o banco, não o Estado, e que estou a pagar a 100 por cento e com juros — chegar ao fim”, revela o mediático cozinheiro que é também apresentador da SIC.

Ljubomir Stanisic aproveitou ainda para garantir que as ideias e projetos não vão parar de chegar aos gabinetes do Governo.

“Já fiz muitas propostas e continuarei a fazê-las sempre que me parecer necessário”, referiu, avisando que é assim que funciona a democracia.

“É um direito que tenho enquanto cidadão de um estado democrático e com liberdade de expressão, um cidadão que paga impostos e cumpre com todas as suas obrigações”, disse o chef.

O setor da restauração tem sofrido perdas por causa da pandemia e agora com as regras mais apertadas no último final de semana e no próximo têm ainda a sua vida mais complicada.

O Governo, recorde-se, já revelou que vai apoiar o setor, nomeadamente com a garantia de que vai cobrir 20 por cento das perdas.

No entanto, os proprietários de restaurantes e outros espaços dedicados à restauração consideram que são medidas insuficientes.

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