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“Não sejamos ingénuos”, assume Luís Castro, a PSP foi à RTP “para ver imagens em bruto”

Luís Castro, ex-subdiretor de informação da RTP, garantiu ao Parlamento que “Nuno Santos autorizou a vinda de polícias para autorizar o visionamento das imagens em bruto”. Em sua defesa, acrescentou ter tomado “como legitima a decisão comunicada pelo diretor de Informação”.

Luís Castro, ex-subdiretor de Informação da RTP, também foi hoje ouvido na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e Comunicação, tal como o ex-diretor-adjunto Vítor Gonçalves. Em causa estava a visualização de imagens em bruto pela PSP, com Luís Castro a alegar que apenas cumpriu ordens oriundas de Nuno Santos, então diretor de Informação.

“Não estive no processo de decisão. Não sei o que a polícia pediu. Sei o que Nuno Santos me transmitiu de forma inequívoca e expressa, se quiserem, e não me deixa qualquer dúvida de que Nuno Santos autorizou a vinda de polícias para autorizar o visionamento das imagens em bruto”, afirmou.

Aos deputados, Luís Castro sublinho que o então diretor de Informação disse “textualmente” que “a polícia vem à RTP visionar as imagens” e era preciso “arranjar um sítio”, com o ex-subdiretor a pôr o gabinete à disposição para que os polícias não terem de “ver as imagens no meio da Redação”.

“Mentira tem perna curta”

Como não queria a polícia “a mexer no meu computador”, Luís Castro requisitou um aparelho: “podia ter questionado o diretor de Informação, mas não o fiz. Durante os 20 meses que fiz parte desta Direção de Informação, nunca me deu qualquer motivo para questionar tomadas de decisão. Tomei como legitima a decisão comunicada pelo diretor de Informação”.

Ainda assim, o ex-subdiretor reiterou que “está por apurar que o visionamento daquelas imagens seja ilegal”. Apurado está que “a polícia pediu para ver imagens em bruto, não sejamos ingénuos”, afirmou.

Na audição, o ex-subdiretor considerou que Nuno Santos se demitiu para se vitimizar e se ilibar das responsabilidades, mas “a mentira tem perna curta”, como Luís Castro disse ao então diretor quando questionou se Luís Marinho, diretor-geral da RTP, estava por dentro do assunto: “Nuno, eu agi mediante uma decisão que tomaste, que percebo agora não tem conhecimento superior. Foi no meu gabinete que ocorreu o visionamento, a mentira tem perna curta e por isso fala com ele”.

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