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“Não havia necessidade do ministro das Finanças dar uma explicação esfarrapada”, diz Marques Mendes

marques mendesVítor Gaspar, ministro das Finanças, fez dos portugueses “atrasados mentais” incapazes de “perceber as coisas”, acusa Marques Mendes, acrescentando que “não havia necessidade de Portugal ser subserviente” nem do ministro em “dar uma explicação esfarrapada”.

As declarações de Vítor Gaspar sobre a não renegociação das condições do empréstimo a Portugal continuam a dominar a agenda mediática. Ontem, foi o antigo presidente do PSD Marques Mendes quem, no comentário para a TVI24, criticou o governante por andar a “gozar com o pagode”, tratando os portugueses como “atrasados mentais” ao dar uma “desculpa esfarrapada”.

“Ficava bem ao ministro das Finanças, em vez de andar a fazer dos outros parvos, dizer esta coisa muito simples: a União Europeia não nos concedeu o desejável para não nos comparar à Grécia. Isso até seria compreensível. O que não lhe fica bem é fazer dos portugueses um conjunto de atrasados mentais que não são capazes de perceber as coisas”, argumentou o comentador político.

Em causa está o alívio do empréstimo à Grécia, com vários responsáveis – quer do Governo, quer do Eurogrupo – a admitir que Portugal teria direito a renegociar as condições do resgate, admissão essa que, dias volvidos, os mesmos responsáveis dizem ter sido um mal-entendido. “O que é que fez Vítor Gaspar? Fez-se em Portugal uma ‘inqualificável confusão’, palavras dele, e acrescentou ‘isto é uma tentativa de simplificar em excesso coisas que são muito complexas, querendo insinuar que não está o nível dos comuns mortais’”, afirmou Marques Mendes.

Daí que, reforçou o também conselheiro de Estado, Vítor Gaspar trate os portugueses como “um conjunto de atrasados mentais que não são capazes de perceber as coisas”, quando Portugal até pode “ter várias destas condições, mas mais tarde”. O problema, insistiu Marques Mendes, esteve na comunicação: “foi aquilo que também se percebeu da declaração do ministro das Finanças”.

“Não havia era necessidade da Europa se comportar desta maneira, de Portugal ser subserviente, e do ministro das Finanças dar uma explicação de tal forma esfarrapada que toda a gente percebe que é tudo menos verdadeiro”, concluiu.

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