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“Não há sobrelotação nos comboios da área metropolitana de Lisboa”, garante o ministro

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, rejeitou que exista “sobrelotação nos comboios” na região de Lisboa, fator apontado por especialistas como uma das causas para o aumento dos casos de covid-19 na região.

“Não há, neste momento, um problema de sobrelotação nos comboios da área metropolitana de Lisboa”, afirmou o governante, quando questionado pelos jornalistas sobre as críticas feitas pelos próprios utentes, que garantem que a lotação excede o permitido em contexto de pandemia.

Nas redes sociais têm circulado imagens, em particular da linha de Sintra, que mostram as carruagens cheias, sem qualquer distanciamento entre passageiros.

“Compreendemos que é necessário fazer o distanciamento social, mas também compreendemos que as pessoas precisam do transporte público. O que temos de fazer é cumprir as regras, como a utilização da máscara”, reagiu o ministro.

Da parte do Governo ficou o compromisso de “assegurar a limpeza diária dos comboios e, quando possível, mais do que uma vez”.

Mesmo sem reconhecer a sobrelotação, o ministro das Infraestruturas adiantou que o problema não será resolvido nos próximos meses, pois a CP já tem 100 por cento da oferta disponível e a tutela não tem “capacidade e infraestruturas para aumentar o número de comboios em circulação”.

A solução poderá passar por um ajuste de horários, o que também não será nos próximos três meses.

“Nem toda a gente compreende, mas os horários da linha de Sintra têm de ser compatibilizados com os comboios que vem do Algarve, do Norte, com os comboios da Fertagus, com os transportes de mercadorias. Portanto, todos os horários vão ser afetados, este é um trabalho que demora algum tempo”, justificou.

“As pessoas dependem do comboio para chegar ao local de trabalho e nós não temos alternativas ao comboio. Todos compreendemos que um comboio transporta duas mil pessoas na linha de Sintra”, admitiu o ministro.

Nas contas do Governo, os transportes públicos têm registado uma taxa de ocupação entre os 40 e os 45 por cento.

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