José Abraão, dirigente da FESAP, revelou que “não há qualquer avanço sobre aumentos salariais” na função pública, após sair da reunião com o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.
O sindicalista contou que esteve reunido com o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, sem que o Governo tenha apresentado “qualquer documento” ou apenas uma resposta à proposta de aumentos salariais feita pela FESAP.
“Não há propostas novas”, insistiu.
A FESAP, afeta à UGT, reivindica ainda ao Governo que cumpra a proposta constante no Orçamento do Estado para 2020, que previa uma atualização salarial de pelo menos um por cento para todos os funcionários públicos no próximo ano.
“Não estamos a pedir nada do outro mundo”, frisou José Abraão, considerando que, “se há dinheiro para umas coisas, tem de haver para outras”.
“Se o Governo optar por um orçamento vazio para a Administração Pública, é pouco para quem diz que quer reconhecer o esforço dos trabalhadores durante a pandemia”, avisou o sindicalista.
Da reunião ficou a indicação de um aumento do salário mínimo “com significado” em 2021, como já tinha anunciado publicamente o Governo.
Nas contas da FESAP, esse aumento terá um efeito de arrastamento nos salários mais baixos na função pública, de 645,07 euros brutos mensais.
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