Economia

“Não”: Governo rejeita proposta de Germán Efromovich e mantém a TAP na esfera pública

tapA privatização da TAP, que o Estado defendia como vital para assegurar o défice de 2012, não vai acontecer. O Conselho de Ministros acaba de anunciar, em comunicado, “não aceitar a proposta apresentada” por Germán Efromovich “para adjudicação da privatização da TAP”.

Era considerada uma privatização vital para o Governo cumprir o limite do défice acordado com a troika, a par da venda da ANA, mas a TAP vai continuar a ser uma empresa pública. O Governo optou, esta tarde, por “não aceitar a proposta apresentada para adjudicação da privatização da TAP”, rejeitando a única candidatura, a do empresário Germán Efromovich.

Ao início da noite, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, adiantou à TVI que o grupo de Gérman Efromovich não apresentou as garantias bancárias que afirmou ter. “Essas garantias não foram mostradas. Não quer dizer que não existissem, mas a existência de garantia tinha de ser demonstrada e não foi”, sustentou Sérgio Monteiro, explicando a decisão do Governo com “o risco financeiro para o Estado e para os contribuintes”.

Da parte dos sindicatos, Jaime Prieto realçou ser “uma boa decisão política”, no entender Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil: “este processo foi feito muito à pressa e de forma pouco transparente”. “É uma vitória dos trabalhadores da TAP, que conseguiram que a sua voz fosse ouvida pela opinião pública”, reforçou Nuno Fonseca, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

Para o comprador, apenas houve “precipitação por parte do Governo”. “O fecho do contrato seria o momento de pagar e de documentar as garantias. O Conselho de Ministros era só o momento de aprovar ou não a proposta”, argumentou Gérman Efromovich, quando contatado pelo Público.

À Lusa, o mesmo empresário confessou sentir-se “muito desapontado, muito surpreso e sem entender até agora” que o Governo esteja “a perder uma oportunidade única”. “A Synergy Aerospace cumpriu com tudo o que foi negociado” e só não apresentou as garantias porque “não se pode emitir uma carta de crédito para uma aprovação que não feita”, explicou.

Alteração:

Acrescentadas as reações obtidas ao longo da tarde.

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