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“Não foi o resultado que estava ao nosso alcance” desabafa Henrique Chaves após Taça das Nações de GT

Henrique Chaves não tem dúvidas; Portugal devia e podia ter saído de Vallelunga com outro resultado na Taça das Nações de GT da FIA, competição nos ‘Jogos Olímpicos’ do automobilismo que decorreu no circuito a norte de Roma.

O piloto de Torres Vedras, que dividiu um Audi R8 LMS GT3 da Attempto Racing com Miguel Ramos, não esquece que a equipa esteve em posição de sair de Itália com uma medalha.

Depois do abandono de sábado, a segunda corrida de qualificação, realizada na manhã de domingo, sob intensa chuva e sofreu uma interrupção e situações de ‘safety-car’, teve um desfecho inverso ao da véspera, pois a dupla portuguesa terminou o confronto na segunda posição.

Apesar de partir do 12º lugar para a decisiva final, Henrique Chaves estava apostado a levar o Audi com as cores da bandeira nacional às posições cimeiras. Fez um excelente arranque e uma incrível recuperação até ao terceiro posto. Foram ultrapassagens de ‘cortar o fôlego’, antes da pista começar a secar.

Os pilotos com pneus ‘slick’ tiraram partido e o piloto de Torres Vedras perdeu alguns lugares. Mas a chuva regressou e conseguiu subir para segundo no final do seu turno. Já com Miguel Ramos aos comandos do R8 LMS # 99, a saída do ‘safety-car’ quando um dilúvio se abateu sobre Vallelunga, a perda de posições foi inevitável, uma vez que o piloto de Gaia os pneus muito gastos. Viria a cortar a meta no 10º posto, com a corrida já neutralizada.

“Arrancámos com pneus de chuva, mas talvez os slicks fossem a escolha certa, e isso limitou-nos estrategicamente, uma vez que, durante a corrida não podemos montar pneus novos do mesmo tipo – ou seja, com a chuva a intensificar-se, para a segunda metade da prova tivemos de manter o mesmo jogo de borrachas, que já estavam muito gastos do meu ‘stint’”, conta Henrique Chaves.

O piloto torreense refere também: “O Miguel acabou por ficar numa situação difícil, os pneus traseiros estavam ‘slicks’, e numa pista encharcada entrou em ‘aquaplanning’. Tivemos muitas contrariedades ao longo do fim-de-semana, mas conseguimos ultrapassá-las e hoje estávamos em contenção por um lugar do pódio, depois de ter realizado um bom arranque”.

“Acabámos por ter algum azar, dado que perdemos oito lugares no segundo ‘stint’ na única volta que não foi realizada com Safety-Car – algo que não compreendo, dado que a pista esteve sempre muito molhada e com diversos lençóis de água, o que acabou por apanhar o Miguel”, enfatiza Henrique Chaves.

O piloto de Torres Vedras vê aspetos positivos desta participação: “Não foi o resultado que esperávamos e que estava ao nosso alcance, houve alguns erros e fizemos, também, coisas muito boas. Temos aspetos para aprender, mas agora é tempo de celebrar o que fizemos bem”.

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