Desporto

“Não faz sentido, da mesma forma que não fazia sentido o Rui Moreira no FC Porto”

Antigo futebolista desaprova ligações entre política e desporto, num comentário ao caso que envolve António Costa e Fernando Medina, políticos que integram a comissão de honra de Luís Filipe Vieira.

O antigo internacional português e ex-jogador do FC Porto, Domingos Paciência, critica as inclusões do primeiro-ministro, António Costa, e de Fernando Medina, autarca de Lisboa, na comissão de honra de Luís Filipe Vieira e, no processo de candidatura à presidência do Benfica.

No entanto, Domingos lembra que há outros casos de ‘intromissão’ da política no campo do desporto.

“Não, não faz sentido da mesma forma que não fazia sentido o Rui Moreira fazer parte da lista do FC Porto”, analisa Domingos Paciência, em declarações na Tertúlia Bola Branca da Renascença.

Domingos considera que é necessário dar ao desporto o que é do desporto e à política o que é da política. O ex-avançado do FC Porto entende que é necessário “separar as águas”.

“As pessoas que têm o poder de decidir uma cidade ou um país ao entrarem no desporto isso implica outras leituras.”

Domingos Paciência considera que os políticos devem ter a sensibilidade para perceber que as pessoas para as quais trabalham têm diferentes preferências a nível de futebol.

“A cidade do Porto tem portistas, benfiquistas, sportinguistas e Lisboa também.”

Deste modo, ao tomarem partido por algo ou alguém, Domingos Paciência entende que estes “correm o risco de o Sporting convidar o António Costa e o Boavista o Rui Moreira e eles não terem a possibilidade de dizerem que não”.

“No fundo, são pessoas que governam o país e têm outras responsabilidades que não devem colidir com o desporto”.

O apoio de António Costa e Fernando Medina à candidatura de Luís Filipe Vieira, ainda que dado em contexto particular, reacende a questão da ligação futebol e política.

Em destaque

Subir