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“Não esperava nível de agressividade, violência verbal e mentira contra Passos Coelho”, assume Cavaco

“Não esperava que a agressividade, a violência verbal e a campanha de desinformação e mentira contra Passos Coelho chegassem ao nível a que chegaram”, assumiu Cavaco Silva, no segundo livro de memórias.

A revelação está ‘escondida’ no capítulo que dedicou à queda do Governo minoritário da coligação PSD/CDS no segundo volume de ‘Quinta-feira e Outros Dias’, o livro de memórias do anterior Presidente da República.

Um segundo volume que tem sido notícia pelas críticas, entre outras, à demissão “irrevogável” de Paulo Portas e às “cerimónias clandestinas” de António Costa para a formação do Governo da Geringonça.

Um executivo de “frente popular de esquerda” que para subir ao poder fez cair o Governo minoritário liderado por Passos Coelho, elogiado na altura, em privado, pelo Presidente da República.

“Tem boas razões para estar de consciência tranquila e sentir mesmo um certo orgulho pelo trabalho realizado”, disse Cavaco a Passos.

O antigo chefe de Estado escreveu ainda que avisou o ex-primeiro-ministro da “linguagem agressiva, desrespeitadora e mesmo insultuosa” de que seria alvo no Parlamento.

E é então que Cavaco Silva revela: “Não esperava, no entanto, que a agressividade, a violência verbal e a campanha de desinformação e mentira contra Passos Coelho chegassem ao nível a que chegaram”.

“É a vida de um político que não cultive popularidade fácil, mesmo que prime pela honestidade e pelo sentido de defesa do interesse nacional”, concluiu o anterior Presidente.

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