Nas Notícias

“Não basta ao CDS acobertar-se em soluções de coligação”, avisa Telmo Correia

O líder parlamentar do CDS, Telmo Correia, defendeu a realização de um congresso extraordinário, depois de ter ‘perdido’ as presidenciais por ter apoiado “o candidato vencedor”.

Num artigo de opinião, o dirigente centrista considerou que o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições de 24 de janeiro abriu espaço à “ondinha liberal” e, “sobretudo”, ao “populista” André Ventura, que recebeu os votos de “um tsunami de eleitores descontentes”.

“O CDS, para contar nessa alternativa ao PS, terá de fazer uma ‘prova de vida’ ou, pelo menos, de vitalidade, indo a votos, demonstrando assim sua força e a sua utilidade. Não basta acobertar-se em soluções de coligação ou em candidaturas suprapartidárias”, considerou Telmo Correia, numa alusão aos acordos com o PSD.

Cabe ao partido realizar uma “reflexão estratégica” e só tem uma maneira de a fazer: em congresso extraordinário. “Não podemos fazer política de avestruz e ignorar a realidade”, explicou.

O líder parlamentar deixou um recado ao presidente do partido: “Será um erro se o CDS e o seu presidente se fecharem no reduto de uma cidade proibida virtual alheios à realidade do que diz a sociedade”.

“Nunca como hoje se sentiu a falta e a necessidade de um partido da direita não dogmática, mas firme e moderada, enquanto resposta às utopias e aos radicalismos populistas”, defendeu Telmo Correia, no artigo de opinião para o jornal Público.

“Confrontado com o momento atual, o CDS tem dois caminhos possíveis: ou nega a realidade e continuará enredado em quezílias à procura de um purismo inexistente ou de ‘um segredo original’ que nunca existiu; ou, pelo contrário, procura o debate de ideias e a clarificação como forma de unir e procurar um novo impulso que o prepare para o combate político”, concluiu.

Em destaque

Subir