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Nações Unidas reconhecem pela primeira vez provas de programa nuclear iraniano

Urânio produzido artificialmente foi encontrado num local não especificado do Irão, segundo uma agência das Nações Unidas, que pela primeira vez reconheceu que as alegações israelitas e norte-americanas da existência de um programa nuclear iraniano têm fundamento.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AEIA) detetou partículas de urânio de “origem antropogénica”, confirmando denúncias que são feitas há vários anos por Israel e pelos EUA, de que Teerão continua a desenvolver um programa nuclear, proibido pelo acordo nuclear celebrado em 2015.

A AEIA não identificou o local, mas Israel e os EUA dizem que o local se encontra nos arredores da capital iraniana, que, segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, servirá de “armazém atómico secreto”.

Israel tem alegado junto da ONU que o material provém de um programa iraniano com objetivos militares, mas esta é a primeira vez que uma agência das Nações Unidas recolhe provas deste desrespeito pelos tratados internacionais por parte do Irão.

O Governo iraniano nega qualquer propósito militar e diz que o seu programa de enriquecimento de urânio tem fins pacíficos.

O relatório da agência nuclear das Nações Unidas também confirma que o Irão intensificou o programa de enriquecimento de urânio, tal como o Governo iraniano tinha anunciado, como forma de protesto contra as sanções económicas impostas pelos EUA.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou em 2018 que os EUA abandonavam o acordo nuclear com o Irão e iniciou um duro plano de sanções, pelo desrespeito pelas regras do tratado por parte de Teerão.

Nos últimos meses, ocorreu uma escalada de tensão no Golfo, com ataques mútuos entre forças iranianas e as tropas norte-americanas na região, que foram reforçadas desde o início do ano com o envio de um porta-aviões.

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