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Nabos na Lua: NASA traça 2015 como o ano da agricultura lunar

nabos 210nabos bigÉ possível cultivar plantas na Lua? A NASA não sabe, mas vai plantar nabos e manjericão para estudar a evolução em atmosfera artificial. A agricultura lunar será o primeiro passo para uma futura colonização do satélite, sustenta a agência espacial norte-americana.

A agência espacial norte-americana quer desenvolver a agricultura lunar a partir de 2015. Como a colonização humana do satélite terrestre será impossível sem a existência de plantas, a NASA vai começar por plantar nabos, manjericão e arabidopsis (uma espécie da família das couves e da mostarda), em ambiente artificial, para estudar como se desenvolvem e evoluem.

“Podem os humanos viver e trabalhar na Lua? Não é visitar por uns dias, mas ficar por décadas? O primeiro passo para uma presença a longo termo é o envio de plantas. Possuem material genético que pode ser danificado pelas radiações, como acontece com os humanos. São um teste ao ambiente lunar como eram os canários nas minas de carvão”, salienta a agência, no texto publicado no site em que anuncia a intenção de começar a enviar sementes em 2015.

A NASA sustenta ainda que “a utilização de plantas para sustentar a vida humana na Lua é um passo importante” para a futura colonização: “proporcionam um conforto psicológico para as pessoas, como é demonstrado pelas estufas na Antártida e na Estação Espacial Internacional”.

As sementes serão enviadas à boleia de uma das naves comerciais que vão competir no “Lunar X-Prize”, um concurso da Google para colocar um robô em solo lunar, em 2015, que tenha pelo menos 90 por cento de financiamento privado. Os nabos, o manjericão e a arabidopsis serão monitorizados por uma equipa de cientistas, estudantes e voluntários.

Quando pousar no solo lunar, o robô deixará os recipientes fechados que contêm o ar (para um período de até dez dias), um filtro de papel que vai dissolvendo os nutrientes e um reservatório com água. Os recipientes estão dotados de uma câmara fotográfica que vai registar a germinação e crescimento, enviando as imagens para comparação com as amostras a serem plantadas em solo terrestre.

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