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Na Semana Internacional da Tiroide o hipotiroidismo dá-se a conhecer

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Esta é a Semana Internacional da Tiroide, que evoca as doenças tiroideias que, em Portugal, afetam cerca um milhão de pessoas. Em destaque está o hipotiroidismo, uma alteração que afeta dez vezes mais as mulheres do que os homens.

Por iniciativa da Thyroide Federation International, Portugal associa-se à Semana Internacional da Tiroide, que é assinala entre 25 e 31 de maio.

O objetivo é alertar para as várias doenças que afetam a tiroide, com especial destaque para o hipotiroidismo.

“A Semana Internacional da Tiroide decorre no mundo inteiro para alertar para os problemas da tiroide, este ano mais dedicado ao problema das mulheres”, salientou Ana Paula Marques, do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), citada pela Lusa.

No mundo, os problemas da tiroide afetam cerca de 300 milhões de pessoas, com cerca de metade a não ter sequer o diagnóstico.

Aos poucos, “o cenário do subdiagnóstico da doença está a mudar” para melhor, reconheceu a endocrinologista, com base no “maior uso de meios de diagnóstico”.

“Hoje em dia deteta-se cada vez mais formas da doença da tiroide que chamamos subclínicas”, ou seja, quando os doentes têm habitualmente apenas alterações analíticas.

A Semana Internacional da Tiroide, promovida pela SPEDM e pela Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), visa levar as pessoas a “buscar informação sobre as doenças da tiroide a locais fidedignos”, uma vez que na internet circula muita informação que “não tem razão absolutamente de ser”, segundo a endocrinologista.

Ao longo da semana, as atenções vão estar focadas no hipertiroidismo, uma alteração na tiróide que a torna mais ativa. As consequências? “Os doentes perdem peso, ficam nervosos, ansiosos, o coração a bater muito e dormem mal”.

O problema, realçou Ana Paula Marques, é que os sinais e sintomas do hipertiroidismo são muitas vezes negligenciados, enquanto noutras são confundidos com os de outras condições, levando a um atraso nos diagnósticos.

“Quando não tratado, o hipertiroidismo não só diminui a qualidade de vida, como pode ter complicações sérias, entre as quais, diminuição do ritmo cardíaca que pode levar a coma, tensão arterial e níveis de colesterol que podem resultar em doenças cardíacas, infertilidade e Alzheimer”, salientou.

O hipertiroidismo também tem o seu contrário, o hipotiroidismo, quando a tiroide funciona de menos. “Os doentes engordam, dormem muito, andam mais lentos, têm muito frio e o metabolismo fica lentificado”, revelou a endocrinologista.

“A maior parte dos doentes que tem nódulos na tiróide (que é uma situação muito frequente) habitualmente tem a função da tiroide normal”, destacou Ana Paula Marques, frisando que a maior parte das doenças da tiroide são fáceis de tratar desde que corretamente diagnosticadas e monitorizadas.

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