O que faria se soubesse que está prestes a morrer? Brittany Maynard queria despedir-se da vida em casa, mas teve de mudar de habitação para o poder fazer.
Aos 29 anos, esta norte-americana sofre de cancro cerebral e sabe que está em fase terminal. Quando, em janeiro, foi diagnosticada com um glioblastoma, foi avisada de que teria cerca de seis meses de vida.
Maynard decidiu morrer em casa, “no quarto que divido com o meu marido” e junto da família. Mas, por residir em San Francisco, na Califórnia (EUA), não podia optar pela eutanásia.
A solução foi a mudança da família para o Oregon, o primeiro estado norte-americano a legalizar o suicídio assistido para pacientes em estado terminal, no ano de 1997.
Desde então, a eutanásia só é permitida nos estados de Washington, Montana, Vermont e Novo México.
“Irei morrer no andar de cima, no quarto que divido com o meu marido, com ele e minha mãe ao meu lado, e falecer pacificamente com a música que eu gosto no fundo”, afirmou Maynard, num vídeo onde explica a opção.
Perante a morte iminente, a mulher não quer sofrer e espera que um medicamento, que obteve com receita médica, lhe permita terminar a vida com dignidade.
A questão da dignidade levou ainda Maynard a juntar-se à Compassion & Choices (‘Compaixão e Escolhas’), um grupo que luta pela descriminalização da eutanásia.
Tendo apenas “algumas semanas” de vida, a mulher aceitou ser a protagonista de uma campanha pelo direito ao suicídio assistido para pacientes em estado terminal.
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