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Músico sobrevivente do Bataclan critica protestos nos Estados Unidos

Jesse Hughes, vocalista dos ‘Eagles of Death Metal’, cujo concerto no Bataclan, em Paris, foi atacado por terroristas que mataram 89 pessoas, em novembro de 2015, apelidou as manifestações organizadas por estudantes nos Estados Unidos, este fim de semana, como “patéticas e nojentas”.

Este fim de semana ficou marcado pelo movimento ‘March for Our Lives’, nos Estados Unidos, onde mais de 500 mil pessoas encheram as ruas de Washington em protestos contra a a livre circulação de armas.

Em sentido inverso à onda solidária à volta do movimento surge Jesse Hughes, vocalista da banda ‘Eagles of Death Metal’, cujo concerto no Bataclan, em novembro de 2015, foi atacado por terroristas que mataram 89 pessoas.

O músico recorreu às redes para comentar o movimento que se vive nos Estados Unidos, acusando os estudantes de “denegrir a memória e explorar a morte dos amigos por alguns likes no Facebook e atenção dos media”.

“Enquanto sobrevivente de uma massacre posso dizer-vos com conhecimento de causa que esses vossos protestos e dias sem aulas insultam a memória daqueles que foram mortos e abusam-me e insultam-me a mim e a todos os outros amantes da liberdade”, escreveu.

Num total de cinco publicações – três foram entretanto apagadas – Jesse Hughes recorreu a ilustrações provocadoras. Numa delas mostrava uma embalagem de comprimidos descritos como “difíceis de engolir”, com frases como “as nossas armas não vão a lado nenhum” ou “Donald Trump vai ser o nosso presidente por mais sete anos”.

Os protestos contra a livre circulação de armas marcaram a atualidade dos Estados Unidos nos últimos dias, com centenas de milhares de manifestantes a protestarem nas ruas.

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