O percurso do argentino Luís Cohen Fusé, ao longo de 30 anos de carreira em Portugal, pode ser visto na exposição ‘Namban – Retrospectiva de Cohen Fusé’, patente no Museu do Oriente de 3 de julho a 27 de setembro.

Palavra sino-japonesa que, de forma genérica, pode traduzir-se por ‘forasteiro’, namban foi a denominação escolhida para esta mostra, remetendo para a itinerância euro-americana do artista.

Para ver, um conjunto de 42 telas e seis esculturas de diversas temáticas, unidas por um mesmo fio condutor: a paixão pela vida, personificada na imagem da mulher, uma constante na obra de Cohen Fusé.

Nas palavras do curador, Fernando Alagoa: “Mais que um propósito, a paixão assume-se como uma demanda constante que Cohen Fusé perpetua em cada traço e que convida o visitante a partilhar” na maior exposição do artista à data, que assim assinala uma carreira extensa e profusa em experiências.

Nascido em Buenos Aires, em 1944, e radicado em Portugal desde 1982, foi no nosso país que este artista multifacetado desenvolveu os seus trabalhos mais significativos, marcados por uma paleta de cores fortes e envolventes a que as origens sul-americanas e o sol português não são alheios.

O fascínio pelo Oriente acompanha-o desde cedo, transparecendo em toda a sua obra que se multiplica em técnicas de pintura mural, em fresco e azulejo, escultura, pintura de cavalete e desenho de jóias, estando representado em colecções públicas e privadas, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Luís Cohen Fusé estudou Cerâmica na Escola de Belas-Artes de Mar del Plata (Argentina), formou-se em Arquitectura na Universidade Nacional de Buenos Aires e, Gravura e Litografia, na Escola de Belas-Artes em Barcelona. Em 1988, assinou contrato com a Galeria Vorpal de Nova Iorque e, desde então, participa em exposições um pouco por todo o mundo, a título individual e colectivo, em países como Brasil, Venezuela, Bélgica, Estados Unidos da América, Espanha e Portugal.