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Fios de pesca geram músculos cem vezes mais fortes

musculo pescamusculo cientistas equipaTrabalho de uma equipa de cientistas de diversos países permitiu criar músculos artificiais, cem vezes mais fortes que os músculos humanos. Segundo a revista Science, que publica os pormenores deste estudo, os músculos podem ser usados em próteses. Têm mais potência mecânica e, por isso, levantam objetos muito mais pesados, superando, de longe, a capacidade do humano mais musculado.

Serão um fio de pesca e uma linha de coser capazes de gerar um músculo artificial cem vezes mais forte do que o humano? A pergunta parece descabida, mas a resposta é positiva.

Uma equipa de cientistas de diversos países – desde o Canadá à Austrália, desde a Coreia do Sul à Turquia, desde os EUA à China – foi a autora desta proeza, que abre caminho para novas conquistas, no campo médico, científico e também na robótica.

A criação de músculos a partir de fios de pesca e linhas igualmente pouco espessas é impressionante. Mas igualmente inacreditável é a capacidade destes músculos, que podem ser cem vezes mais fortes do que os músculos dos humanos, de acordo com as explicações dos investigadores na revista Science, que dá destaque ao trabalho.

Têm mais potência mecânica e, por isso, levantam objetos muito mais pesados, superando, de longe, a capacidade do humano mais musculado.

Para conseguir este feito, os cientistas perceberam que, “por via térmica, com as mudanças de temperatura”, é possível dar força a estes músculos.

Em comparação com os músculos humanos (cuja capacidade de contração não supera os 20 por cento) estes são capazes de contrair mais do dobro: 50 por cento, o que lhes confere mais força.

“A energia que obtemos a partir destes músculos artificiais e a sua capacidade de levantar peso são extraordinários. É possível levantar objetos cerca de cem vezes mais pesados e gerar cerca de cem vezes maior potência, em comparação com um músculo natural do mesmo peso e comprimento”, explica Ray Baughman, diretor do Instituto de nanotecnologia da Universidade do Texas, em Dallas.

Outra vantagem na criação destes músculos fortíssimos prende-se com os custos com a produção. Segundo a Science, no passado, foi possível criar músculos de capacidade muito superior à humana, através de nanotubos de carbono, por exemplo.

No entanto, este trabalho implicaria custos de fabrico muitíssimo elevados, ao contrário do que se verifica com as linhas de coser e os fios de pesca.

Esta pesquisa supera outro problema com que os cientistas da área da Fisiologia se deparavam: as limitações a métodos motores ou hidráulicos para criar força e movimento.

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