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Mundo tem 30 milhões de escravos, metade dos quais na Índia

De acordo com um relatório da Walk Free Foundation, há no mundo 30 milhões de escravos. Aquela organização revela que a Índia é o país com maiores níveis de escravidão, a China segue-se na lista, mas há um país europeu no topo da lista negra deste tipo de casos de exploração humana: a Moldávia.

Os números da escravidão na atualidade foram divulgados nesta quinta-feira, num relatório da Walk Free Foundation, organização que se dedica à defesa dos direitos humanos. Estima-se que 30 milhões de pessoas em todo o mundo estejam em situação de escravidão moderna.

A Índia é de longe o país com maior número de pessoas escravizadas, com cerca de metade dos escravos que se verificam em todo o mundo. O relatório estima que 72 por cento das pessoas em escravidão vivam na Ásia.

Os países com o maior número de pessoas em escravidão são a Índia (13,95 milhões de casos), seguida pela China (2,95 milhões) e Paquistão (2,1 milhões). Mauritânia, Haiti, Paquistão, Nepal, Benin, Costa do Marfim, Gâmbia, Gabão e Moldávia também estão no topo da lista.

Há países onde as crianças nascem para a escravidão, os mulheres e homens são escravizados e os seus filhos muitas vezes são forçados a uma situação de servidão doméstica ou forçado a trabalhar nos campos.

Trabalho forçado de homens, mulheres e crianças, servidão doméstica, mendicidade forçada, exploração sexual de mulheres e crianças, casamento forçado são alguns dos exemplos de atrocidades cometidas contra estas vítimas.

“Há muita gente surpreendida por saber que a escravidão ainda existe. E muitos governos não vão gostar de conhecer esta realidade. A questão da escravidão moderna deve ser avaliada e é necessário que os governos se envolvam no problema”, salienta Nick Grono, daquela organização, em declarações à AFP.

Este relatório da Walk Free Foundation servirá de estímulo aos governos, para acompanhar de perto e combater o que apelida de “crime oculto”, que apresenta todas as características da escravidão dos séculos passados.

Fundada em maio do ano passado, a Walk Free Foundation é formada por um grupo de 20 pessoas. Tem sede em Perth, na costa oeste australiana, e foi fundada pelo filantropo Andrew Forrest – residente da Fortescue Metals Group – e pela sua esposa, Nicola Forrest.

A organização conta com o apoio de personalidades como Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA, de Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico, e dos filantropos Bill Gates, Richard Branson, e Mo Ibrahim.

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