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Mundial da “penitência”: Uma final “improvável” e dois Papas

final dos papas É “altamente improvável” que o Papa emérito que veio da Alemanha veja a final do Mundial, no domingo, com o Papa oriundo da Argentina. Francisco até gosta de futebol, mas para Bento XVI seria uma “penitência infinita”. Mais curioso é que a final fora antecipada pelo jornal do Vaticano.

No final, Alemanha e Argentina defrontam-se, no Brasil, para decidir quem será o campeão do mundo em futebol. Do outro lado do Atlântico, mais propriamente no Vaticano, moram dois adeptos improváveis: são ambos Papas, mas um é alemão e o outro argentino.

Há quem diga que Deus é brasileiro, mas essa seleção foi afastada (e goleada, humilhada, etc.) pela poderosa Alemanha, de onde veio Joseph Ratzinger, o Papa emérito Bento XVI.

Outros dizem que Maradona é divino, evocando o génio da Argentina, de onde é natural Jorge Bergoglio, o Papa Francisco.

Com tanta coincidência, o mais natural seria que os dois representantes máximos da Igreja católica se juntassem para ver um jogo que já se está a tornar famoso como ‘a final dos dois Papas’.

“É altamente improvável”, contrapõe o Vaticano, através de uma fonte citada pela AFP sem identificação. Isto porque o Papa emérito não é grande apreciador de futebol e já tem uma certa idade.

“Não é coisa dele, não é fã de futebol. Seria infligir-lhe uma penitência infinita obrigá-lo, aos 87 anos, a estar 90 minutos em frente a um ecrã de televisão para ver a final quando nem sequer viu um jogo completo na sua vida”, argumentou.

“Podemos excluir de maneira categórica que ele tenha vontade de ver o jogo”, acrescentou uma outra fonte, lembrando o passado do Papa emérito alemão mais ligado aos estudos teológicos do que à prática desportiva.

Já o Papa argentino não terá disponibilidade de horário, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi: “o jogo é às 21 horas [no Vaticano] e o Papa Francisco costuma deitar-se às 22 horas. Ele pode querer ver a final, mas não tenho informações relativas a isso”.

Será quase um pecado, pois Francisco é adepto da bola e continua a ser sócio do San Lorenzo de Almagro, de Buenos Aires (Argentina).

Ainda recentemente, o Papa gracejou com alguns elementos da Guarda Suíça, quando a ‘albiceleste’ defrontou a seleção europeia nos oitavos de final. “Vai ser o guerra”, terá brincado Francisco, citado pela agência I. Media.

Nesta partida entre os deuses da bola e os da religião, o primeiro golo foi do jornal oficial do Vaticano. A 2 de julho, ainda antes do Mundial ter arrancado, o L’Osservatore Romano antecipou uma final Argentina-Alemanha.

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