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Mulher corta o vestido de noiva em fatos para bebés que vão morrer

fatos para nados mortosUma escocesa arranjou um uso invulgar para o vestido de noiva: foi retalhado em pequenos fatos para bebés nados-mortos ou que nascem ‘condenados’ a morrer em horas ou dias.

Há muitas mulheres que optam por guardar o vestido de noiva, que acaba por passar de geração em geração; ou que o destroem numa sessão fotográfica para a posteridade, o ‘trash the dress’.

Mas Yvonne Trimble, que nasceu em Edimburgo (Escócia) e agora vive no Chipre, será a única a ter ‘reciclado’ o vestido de noiva para uma finalidade invulgar.

Consciente de que não voltaria a usar o vestido, esta mulher enviou-o para a Cherished Gowns for Angel Babies, uma associação de Kent (Escócia) que costura fatos especiais para bebés.

São fatos especiais porque são destinados às cerimónias fúnebres de fetos que morreram a partir das 20 semanas de gestação, de nados-mortos ou de bebés que morrem horas ou dias após nascerem.

O site da associação explica que os pais destes bebés, como se não bastasse a dor do luto, sofrem por não encontrarem fatos à medida, uma vez que se tratam de corpos muito pequeninos.

Para agradecer, a Cherished Gowns enviou a Yvonne Trimble fotos dos fatos feitos a partir do vestido de noiva.

“Ontem, recebi as imagens que mandaram daquele que foi o meu vestido de noiva. Fui assoberbada por uma mistura de emoções fortes”, comentou a escocesa, no Facebook.

“Senti orgulho por ter feito algo de bom, tristeza por saber qual o fim a que se destinam estes pequenos fatos e uma sensação de agradecimento por saber que há voluntários, por todo o pais, a costurar este vestuário que tanto conforto dá aos pais”, reforçou Yvonne Trimble.

O comentário da mulher tornou-se viral, sendo partilhado mais de 100 mil vezes. Mais de 2500 enviaram um convite de amizade à escocesa e muitos pais em luto aproveitaram para desabafar.

“Tem sido uma emoção ver como as pessoas precisam de desabafar e como se sentem agradecidas por eu ter chamado a atenção para este assunto”, acrescentou Yvonne Trimble.

“É normal enviarmos fotos às pessoas que nos doam roupa”, explicou uma das fundadoras da Cherished Gowns, Megan McKay: “Porém, a viralidade deste post foi inacreditável! Deixámos de ter lista de espera porque mais de 8500 pessoas nos doaram roupa”.

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