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“Muitas coisas poderiam ter sido diferentes, mas na altura eram as mais acertadas”, diz Graça Freitas

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, afirmou que algumas das decisões tomadas para combater a pandemia de covid-19 podem não ter sido as melhores, mas “eram as mais acertadas” no momento.

“Creio que foram sendo tomadas as medidas que, naquela data, com o conhecimento que tínhamos e com o que conseguíamos projectar no futuro, se consideraram as melhores”, defendeu a responsável, quando questionada se foi feito tudo o que era possível para conter as vagas da pandemia.

“É óbvio que, se olharmos para trás, para os 12 meses, muitas coisas poderiam ter sido feitas de maneira diferente, sobretudo antecipando algumas consequências da epidemia. Mas, na altura em que foram tomadas, a convicção era de que eram as decisões mais acertadas naquele momento”, insistiu Graça Freitas, durante a ‘Grande Entrevista’, na RTP3.

A diretora-geral da Saúde frisou também que as medidas adotadas em Portugal foram semelhantes às que iam sendo implementadas noutros países, em especial na Europa.

“Nunca deixei de ver Portugal como um país no resto do mundo. As soluções que foram sendo adoptadas em diferentes países, também não houve nenhuma milagrosa, mesmo aquelas que pareciam ser ‘a solução’, não se revelaram como tal”, apontou.

Desafiada a comentar se já se pode pensar na reabertura das escolas, Graça Freitas pediu cautela, explicando que é preciso “aguardar e consolidar todos estes valores e esperar que pelo menos alguns deles melhorem”.

O risco de uma nova vaga “ainda está” em cima da mesa, alertou. “E quem disser que não está, não vê bem a dinâmica destes vírus. Mesmo com a vacina. Toda a gente sabe que este tipo de vírus sofre mutações e essas mutações dão origem a variantes. Agora, como essas variantes se vão propagar é a grande incógnita”, finalizou.

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