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“Muita gente em Portugal preferiria ver Rui Pinto a boiar no rio Tejo ou no rio Douro”, diz Ricardo Costa

O diretor de informação da SIC e Impresa considera que o hacker, que foi esta sexta-feira libertado, tem capacidade de abalar “alguns pilares da sociedade portuguesa.

Esta sexta-feira, Rui Pinto, criador do Football Leaks, que estava em prisão domiciliária, vai ser posto em liberdade, com o ‘hacker’ a ser obrigado a apresentar-se semanalmente na Polícia Judiciária (PJ).

Para o diretor de informação da Impresa e da SIC, Ricardo Costa a libertação de Rui Pinto deve ser olhada com atenção e destaca que o criador do Football Leaks começou a colaborar com a PJ e com o DCIAP para coisas “que nós iremos saber daqui a alguns meses”.

Como tal, Ricardo Costa assume que Rui Pinto tem a capacidade de abalar “alguns pilares da sociedade portuguesa”.

“Não simplifiquemos do ponto de vista penal achando que se ele roubou não pode ser usado, a PJ e o DCIAP estão a usá-lo como colaborador para coisas que nós iremos saber daqui a alguns meses o que não sabemos. Sem conhecer tudo o que ele tem, Rui Pinto é seguramente uma das pessoas com mais capacidade para abalar alguns pilares da sociedade portuguesa”, afirmou o diretor de informação à SIC Notícias.

Salientando que o hacker pode ser condenado, já que cometeu crimes de acesso indevido a informação, Ricardo Costa, questionado sobre se Rui Pinto terá segurança antes do julgamento, aponta que essa decisão parte da justiça portuguesa.

No entanto, o diretor assegura que há muitas pessoas que preferiam vê-lo “a boiar no Rio Tejo ou Douro”.

“Normalmente, numa situação dessas, em caso de perigo, é a justiça que decide. Em teoria, diria que sim, já que há muita gente em Portugal que preferia ver Rui Pinto a boiar no rio Tejo ou no rio Douro. Mas é a polícia que vai avaliar isso”, comentou.

Por fim, Ricardo Costa pensa que a justiça portuguesa já olha para Rui Pinto com ‘outros olhos’ e que o facto de estar a colaborar pode ser fulcral para a pena que possa ser alvo.

“Neste momento, ele não está em prisão preventiva, o que quer dizer que a justiça olha para ele de outra forma. Está a colaborar, o que é muito importante e isso vai ter peso a qualquer pena que lhe seja aplicada no julgamento”, completou.

Rui Pinto começa a ser julgado em 04 de setembro no Tribunal Central Criminal de Lisboa por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.

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