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Mudanças no sistemas de pensões deve gerar poupança de 280 mil ME no Brasil

A popuança prevista pelo Governo do Brasil com o projeto de mudanças no sistema de pagamento de pensões por reforma é de 1,236 biliões de reais (280 mil milhões de euros) em 10 anos, informou hoje o Ministério da Economia.

O novo número foi divulgado hoje, numa projeção do impacto da proposta do executivo brasileiro.

Se aprovada conforme o projeto enviado ao Parlamento pela equipa liderada pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a poupança gerada com as mudanças no sistema de pagamento de pensões por reforma para a população rural será de 92,4 mil milhões de reais (20,8 mil milhões de euros).

Já a economia gerada com as novas regras aplicadas aos trabalhadores que moram nas cidades causará um impacto positivo de 743,9 mil milhões de reais (168,8 mil milhões de euros) em 10 anos.

As mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BCP), um auxílio dados a pessoas pobres do país, poderão trazer uma poupança de 34,8 mil milhões de reais (7,9 mil milhões de euros), e no abono salarial, de 169,4 mil milhões de reais (38,4 mil milhões de euros).

Aprovar mudanças no sistema de pagamento de pensões do Brasil é um passo classificado por analistas do mercado e pelo próprio Governo como fundamental para o reaquecimento da economia do país, dada a escalada do défice fiscal.

No entanto, o Governo brasileiro tem tido dificuldade em organizar uma base parlamentar coesa para aprovar o projeto.

Hoje de manhã, o presidente da Câmara dos Deputados (câmara baixa parlamentar do país), Rodrigo Maia, anuncio que o deputado Samuel Moreira será relator do projeto sobre mudanças no sistema de pagamento de pensões numa comissão especial.

A proposta original enviada pelo Governo brasileiro ao Parlamento foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na última terça-feira, com 48 votos a favor e 18 contra.

Desenhadas pelo Ministério da Economia, as novas regras preveem uma série de alterações, sendo a principal o estabelecimento de uma idade mínima de reforma de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

Há também pontos polémicos que podem vir a ser alterados pelos parlamentares brasileiros, que discordam de pontos relacionados com o corte da assistência dada a idosos pobres, pensões para quem vive em áreas rurais e a introdução de um sistema de capitalização para os jovens que entram no mercado laboral.

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