A decisão de Marinho e Pinto em criar um novo partido deixou uma sensação de traição no Partido da Terra. Rosas Baker sente que o eurodeputado usou o MPT como uma “barriga de aluguer” e ironiza que “nem passaram 9 meses” desde a apresenção da lista ao Parlamento Europeu.
O Movimento Partido da Terra ofereceu a presidência ao eurodeputado Marinho e Pinto, mas este terá recusado incluir um nome (não revelado) e optou por sair e fundar um novo partido, deixando os líderes do MPT com a sensação de terem servido de “barriga de aluguer”.
Foi essa a expressão usada pelo presidente do MPT, John Rosas Baker, numa entrevista à TSF em que revelou não ter conhecimento oficial da saída de Marinho e Pinto.
Só que foi o próprio eurodeputado a revelar, em declarações ao I, ontem, que a “separação” era eminente.
Marinho e Pinto acrescentou, hoje e à TSF, que comunicou a decisão na última reunião da comissão política do MPT, realizada no domingo.
John Rosas Baker assegurou que tal não aconteceu e pormenorizou que terá proposto ao antigo bastonário da Ordem dos Advogados a liderança do MPT.
Marinho e Pinto só não vai ser o próximo presidente porque, segundo o atual, recusou incluir na lista uma pessoa que tem “dado muito ao partido” e merece continuar.
Ainda de acordo com Rosas Baker, Marinho e Pinto abandonou a reunião sem dizer mais nada. Ontem, ao ler que o eurodeputado pretende fundar um novo partido para concorrer às eleições legislativas de 2015, o presidente do MPT sentiu que serviu de “barriga de aluguer”.
“Ironicamente, talvez, Marinho e Pinto foi apresentado como cabeça de lista às europeias a 25 de janeiro e nem passaram 9 meses desde essa altura”, acrescentou.
O ainda eurodeputado – já anunciou que vai renunciar no próximo ano para concorrer às legislativas – repetiu que comunicou a decisão de abandonar o MPT porque, terá alegado na reunião de domingo, só com novo partido será possível “contribuir para resolver os problemas dos portugueses, da democracia e do estado de direito”.