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MP investiga caso da morte de bebé e vacinas RotaTeq e Prevenar 13

biberaoO Ministério Público (MP) abriu de um inquérito à morte de um bebé, ocorrida depois de uma vacinação com RotaTeq e Prevenar 13. A criança, de seis meses, morrera numa creche em Camarate (Loures), em circunstâncias dúbias.

Está aberto um inquérito à morte de um bebé de seis meses, por parte do MP, junto do Tribunal de Loures, devido a suspeitas de essa fatalidade ter sido provocada pelas vacinas de Prevenar 13 e Rota Teq, que haviam sido ministradas antes de a criança falecer. O Ministério Público pretende averiguar se existe uma reação adversa grave aos fármacos.

Recorde-se que a morte de um bebé em Loures ocorreu depois de uma vacinação, o que levou o Infarmed a suspender preventivamente dois lotes de vacinas RotaTeq e Prevenar 13. A autoridade do medicamento aguarda pelos resultados da autópsia e pela avaliação dos lotes para averiguar se houve ligação entre a morte e as vacinas.

A criança tinha sido vacinada dias antes de morrer. Por outro lado, para averiguar se houve qualquer ligação, a autoridade do medicamento recomendou às farmácias e aos profissionais de saúde que não dispensem ou administrem lotes de RotaTeq, um fármaco contra o rotavírus, e de Prevenar 13, uma imunização ativa contra a pneumonia.

DGS e Infarmed preocupados

“Estamos a tentar perceber o que se passou. Os especialistas da Medicina Legal irão esclarecer as causas da morte”, afirmara Francisco George, diretor-geral da Saúde. Nesta altura, quer o Infarmed, quer a Direção-Geral de Saúde (DGS) aguardavam os resultados da autópsia, realizada na delegação Sul do Instituto de Medicina Legal, e pelas avaliações dos dois lotes para decidir eventuais medidas.

No caso do RotaTeq, está a ser avaliado pela DGS o lote 1590 AA, com validade até 31 de maio de 2013, em solução oral. Este fármaco é utilizado para diminuir os riscos de contração do rotavírus, uma das principais causas de gastroenterite nas crianças.

Quanto ao Prevenar 13, uma vacina muito utilizada como uma imunização ativa para a prevenção de pneumonia, está a ser avaliado o lote F73745, com validade até 31 de maio de 2014.

Segundo as autoridades, a morte deste bebé será um caso único, dadas as caraterísticas apresentadas. Contudo, o Infarmed optou pela suspensão preventiva dos dois lotes, de forma a eliminar a hipótese de reação adversa grave em crianças. O MP pretende apurar responsabilidades, ordenando a abertura deste inquérito.

Apesar de tudo, a suspensão de dois lotes de vacinas fora uma medida preventiva, admitira Ana Leça, da Direção-Geral de Saúde, sustentando que as duas vacinas são “eficazes e seguras”.

Apesar de não estarem incluídas no Programa Nacional de Vacinação, a diretora de serviços da Prevenção e Controlo de Doenças da DGS sublinha que a suspensão dos dois lotes “não significa nexo de causalidade”, tendo sido uma medida preventiva.

Lamentando a morte da criança, a diretora admitiu tratar-se de “um evento grave temporalmente relacionado com a vacinação” da RotaTeq e Prevenar 13, o que levou à suspensão preventiva dos dois lotes. Contudo, Ana Leça insiste que é “prematuro” apontar a toma combinada dos dois medicamentos como a causa da morte.

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