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Movimento “Extinction Rebellion” pronto para “perturbar” COP26

O movimento ambientalista “Extinction Rebellion” está pronto para “perturbar” a cimeira do clima COP26, marcada para novembro de 2020 em Glasgow, caso falte evolução na redução de emissões de gases com efeito de estufa, advertiu hoje um dos fundadores.

“É evidente que o processo da COP (cimeiras da ONU sobre o ambiente) está em vias de falhar”, depois de “25 anos de discussões (…) as emissões mundiais (de gases com efeito de estufa) continuam a aumentar”, disse Tim Crosland, um dos fundadores do movimento de desobediência civil, criado no Reino Unido no final de 2018 e que já bloqueou Londres várias vezes.

Tim Crosland, com Skeena Rathor, também cofundadora do movimento, está em Madrid, onde decorre a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

O movimento “Extinction Rebellion” tornou-se conhecido ao bloquear várias pontes em Londres em outubro do ano passado. Desde então espalhou-se por outros países e um ano depois ativistas ocuparam a praça central de Châtelet, em Paris.

Em declarações à agência AFP Tim Crosland disse que estar na COP25 de Madrid é uma oportunidade para “compreender o que não funciona” nas negociações para limitar o aquecimento global.

Em relação à próxima reunião, que vai realizar-se em Glasgow, na Escócia, afirmou: “Se eles não começarem a dizer a verdade e a fazer o que é necessário, de acordo com a ciência, vamos perturbar o processo porque o contrato social está quebrado”.

E acrescentou Skeena Rathor: “O papel do ´Extinction Rebellion´ aqui é dizer a verdade, que este processo(das COP) não resulta na mudança urgente necessária”, e que “é preciso parar o ´business as usual´ que nos mata”.

O movimento defende a desobediência civil não violenta, tendo como modelo a luta pelos direitos cívicos americanos, e os seus membros estão prontos a ir até ao limite de serem presos.

Em declarações à Agência Efe a cofundadora disse que é preciso esquecer o carvão e que o movimento “não quer saber nada sobre mercados de carbono” porque não é um “desafio honesto” e porque a neutralidade carbónica não virá das “políticas de mercado”.

Os responsáveis presentes em Madrid reuniram-se hoje com a presidente da COP25, a ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt.

A agenda oficial da COP25 prevê o encerramento dos trabalhos hoje, mas a dificuldade em alcançar acordo sobre um texto final dos compromissos que os países se propõem assumir já está a levantar possibilidade de os trabalhos se prolongarem até sábado.

A COP25, que começou em 02 de dezembro, deveria ter-se realizado no Chile, mas devido à situação de agitação social no país acabou por ser transferida para Madrid.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: COP26

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