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Mota Soares contraria ministra e afasta cortes nas pensões

Pedro Mota Soares, ministro com a pasta da Segurança Social, garantiu que “não há nenhuma medida a ser discutida”, no que diz respeito a cortes de pensões. Foi a reação do centrista às palavras da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que no passado sábado colocou esse cenário em cima da mesa.

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, tem uma visão diferente daquela que a titular da pasta das Finanças apresentara.

No passado sábado, num encontro promovido pela JSD, Maria Luís Albuquerque abordou a sustentabilidade da Segurança Social e considerou a hipótese de cortar nas atuais pensões.

Confrontado com essas palavras, Pedro Mota Soares lembrou que o Governo “por diversas vezes o garantiu”: não está previsto qualquer corte de pensões.

“Dissemo-lo há um ano, dissemo-lo há dois meses quando escrevemos o programa de estabilidade e volto a dizê-lo hoje. Qualquer alteração a uma matéria dos sistemas públicos da Segurança Social deve ser discutida com um amplo consenso político e também com o maior partido da oposição”, disse o ministro da tutela.

Mota Soares defendeu que o PS será chamado a esta discussão, caso ela venha a ser colocada em cima da mesa.

Ora, estas declarações contrastam com aquelas que foram produzidas por Maria Luís Albuquerque, há dois dias.

“É honesto dizer aos portugueses que vai ser preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social”, dissera Albuquerque, referindo-se também a uma “redução nas pensões, mesmo nos atuais pensionistas”.

Mota Soares tranquilizou os pensionistas e adotou um discurso semelhante ao de… António Costa. “Quando falamos para pensionistas, valores como a previsibilidade, como a confiança e a estabilidade são muito importantes”, sustentou Mota Soares.

O secretário-geral do PS, que também comentara as palavras da ministra, criticou o que considerou ser a “incerteza” com que os pensionistas se debaterão, caso a maioria vença as eleições.

Não deixa de ser relevante o facto de as palavras de Mota Soares e de Maria Luís Albuquerque representarem duas visões para uma coligação.

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