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Moscovo encara entrada do Montenegro na NATO como “provocação”

A Rússia não gostou nada que a NATO tenha aprovado a adesão do Montenegro. O convite, que a aliança atlântica considera ser “uma decisão histórica”, é visto pelo regime de Putin como “uma provocação”. A integração do país báltico é “um grande potencial de confronto”, avisa o Kremlin.

Parece um regresso à Guerra Fria: os países da NATO tomam uma decisão e batem palmas, mas do outro lado a Rússia ergue-se e deixa avisos e ameaças veladas.

A questão de ‘agora’ é a entrada do Montenegro na aliança atlântica. A medida foi aprovada pelos 28 membros e o convite já é oficial, com o país báltico a poder tornar-se no 29.º membro e o primeiro a juntar-se desde 2009, quando Croácia e Albânia terminaram igual processo.

Mas a Rússia, que noutras décadas era o grande inimigo por detrás da ‘cortina de ferro’, já fez saber que não gostou da novidade e prometeu “medidas de resposta”.

“Moscovo sempre disse que a expansão da NATO e das suas estruturas militares para o Leste não pode ficar sem resposta do próprio Leste, sobretudo da Rússia, no que diz respeito à garantir a segurança e a paridade de interesses”, alertou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O convite ao Montenegro é “uma provocação”, continuou Peskov, e encerra em si “um grande potencial de confronto”, sendo também uma grave ameaça à estabilidade nos Balcãs.

Para a NATO, trata-se de uma “decisão histórica”, como descreveu o secretário-geral, Jens Stoltenberg: “A adesão é boa para o Montenegro, é bom para a Europa e é bom para toda a aliança”.

“Eu acredito que este convite é um grande encorajamento para todos os países que aspiram a aderir à NATO e é uma boa notícia especialmente para os Balcãs ocidentais, porque ter outro país como parte da NATO significa uma forte compromisso para a segurança e a estabilidade do toda a região”, salientou o ministro montenegrino dos Negócios Estrangeiros, Igor Luksic.

A decisão foi aprovada por unanimidade, na manhã de hoje, em Bruxelas. O processo deverá estar completo dentro de um ano e meio, embora a adesão deva ser formalizada em junho do próximo ano, durante a Cimeira de Líderes da aliança.

Macedónia e Bósnia, que também pediram a adesão, continuam a promover as reformas nas Forças Armadas exigidas pela NATO.

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