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Mortes por afogamento descem 33,3% este ano face a 2018

Portugal registou 34 mortes por afogamento durante este ano, até 20 de junho, o que representa uma descida de 33,3 por cento em comparação a 2018, quando se verificaram 51 óbitos, revelou hoje a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS).

Segundo os dados estatísticos de afogamento em Portugal, das 34 mortes contabilizadas até 20 de junho deste ano, 26 são homens (76 por cento) e oito são mulheres (24 por cento).

Em termos etários, a maioria das mortes ocorreu em pessoas com idades entre 70 e 74 anos, respetivamente cinco óbitos nessa faixa etária (15 por cento), seguindo-se pessoas de 20 a 24 anos, em que foram registadas quatro mortes (12 por cento).

Relativamente à nacionalidade das mortes por afogamento, 15 são portugueses (44 por cento), 14 não foi possível determinar a origem (41 por cento), um alemão (13 por cento), um romeno (13 por cento), um brasileiro (13 por cento), um irlandês (13 por cento) e um moldavo (13 por cento).

De acordo com o relatório da FEPONS, as mortes por afogamento durante este ano, até 20 de junho, ocorreram sobretudo no período da tarde, com o registo de 18 óbitos (53 por cento), seguindo-se os períodos da manhã, com dez mortes (29 por cento), e da noite, com quatro óbitos (12 por cento), contabilizando-se ainda a falta de informação para duas (6 por cento) das 34 pessoas vítimas de afogamento.

No que diz respeito aos locais, a maioria das mortes aconteceu em rio, o que foi o caso de 13 pessoas (38 por cento), em poço, com nove óbitos (26 por cento), e em mar, com seis pessoas (18 por cento).

As restantes mortes por afogamento verificaram-se duas em tanque (6 por cento), duas em piscina doméstica (6 por cento), uma em barragem (3 por cento) e uma em marina (13 por cento), com base nos dados estatísticos.

As 34 mortes registadas, desde janeiro deste ano até 20 de junho, foram verificadas em locais sem vigilância, até ao momento, indicou a FEPONS, acrescentando que, destes óbitos, 26 foram presenciados na situação de afogamento (76 por cento) e oito não foram presenciados (24 por cento).

Na tentativa de salvamento, apenas três das 34 mortes foram socorridas (9 por cento).

Por distrito, a maioria das situações de mortes por afogamento localiza-se em Faro, com seis pessoas (18 por cento), Lisboa e Santarém, com quatro óbitos (12 por cento), e Beja e Viseu, com três mortes (9 por cento).

Das 34 mortes registadas até 20 de junho, sete aconteceram em janeiro (21 por cento), cinco em fevereiro (15 por cento), cinco em março (15 por cento), sete em abril (21 por cento), seis em maior (18 por cento) e quatro em junho (12 por cento).

Os dados da FEPONS indicam que as mortes por afogamento têm vindo a descer, uma vez que, comparando com o mesmo período de anos anteriores (desde janeiro até 20 de junho), em 2017 foram 59 óbitos, em 2018 foram 51 mortes e em 2019 passou a 34 mortes, menos 33,3 por cento do que no ano transacto.

No total de 2018, Portugal registou 117 mortes por afogamento, menos 4,1 por cento do que no ano anterior, de acordo com o Relatório Nacional de Afogamento, divulgado pela FEPONS.

Segundo os dados do relatório, a maioria das mortes ocorreu em pessoas com idades acima dos 40 anos e foram mais homens que mulheres, 88 e 28 respetivamente.

Abril foi o mês em que se registaram mais casos, com 16 afogamentos (13,7 por cento), seguido de setembro e outubro, com 15 (12,8 por cento cada), sendo a tarde o período do dia com mais registos, 42,7 por cento, e a terça-feira o dia em que ocorreram mais mortes (18,8 por cento).

De salientar no relatório que os registos das mortes nos meses da época balnear, entre maio e setembro, são inferiores (44,4 por cento) aos dos meses fora da época balnear (55,6 por cento).

Nos meses de junho a setembro registaram-se 45 mortes por afogamento o que, comparando com os dados de 2017, 51 mortos, indica uma descida de 11,8 por cento.

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