O Nepal atualizou o balanço dos efeitos da passagem do ciclone Hudhud pelos Himalaias. O número de mortos subiu dos 17 para os 24, entre turistas estrangeiros e guias nacionais. Dos 168 estrangeiros registados à entrada para as montanhas, só 43 foram contactados.
O ligeiro alívio do tempo tem permitido às autoridades do Nepal resgatar mais corpos dos Himalaias.
Depois dos 17 mortos ontem confirmados, as autoridades atualizaram hoje os dados: estão confirmadas 24 vítimas mortais.
A passagem do ciclone Hudhud pela região levou a vários acidentes nas montanhas, em especial no distrito de Mustang.
Os 24 mortos já confirmados foram apanhados por um desmoronamento de terras no Annapurna, quando faziam ‘trekking’ junto à passagem Throung A, no ponto mais alto do circuito (a uma altitude de 5419 metros).
Com três vítimas ainda por identificar, foram identificados quatro canadianos, dois israelitas, um alemão, um polaco, um indiano, um vietnamita e 11 nepaleses.
Há ainda cerca de 100 pessoas dadas como desaparecidas, segundo as autoridades.
Um outro acidente grave ocorreu no monte Dhaulagiri (8167 metros de altitude), quando uma avalanche se abateu sobre o acampamento base.
As equipas de resgate continuam à procura de dois alpinistas eslovacos e três guias nepaleses, mas sem grandes esperanças.
“As possibilidades de encontrá-los vivos são muito baixas”, reconheceu Sonam Sherpa, da agência de montanhismo que organizou a expedição.
Quando o ciclone Hudhud atingiu os Himalaias, o Nepal tinha registado, só no Annapurna (8091 metros de altitude), 168 montanhistas e alpinistas estrangeiros.
Até ao momento, só 43 foram contactados pelas autoridades.
A morte não gosta de ficar longe dos Himalaias. Ainda no mês passado, um alemão e um italiano perderam a vida ao tentar conquistar a 14.ª montanha mais alta do mundo, o Shishapangma (8013 metros de altitude).
O ciclone Hudhud atingiu o Nepal quando o turismo do país se encontra na época alta, devido aos ‘chamamentos’ dos Himalaias.
Na vizinha Índia, o Hudhud provocou 24 mortos.
