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Mortes nos Comandos: Ministério Público vai acusar 19 militares

Só um dos 20 militares envolvidos no caso das mortes nos Comandos escapa ao julgamento, ficando com o processo arquivado. O Ministério Público vai acusar os restantes 19 de um total de 489 crimes de abuso de autoridade por ofensas à integridade física.

Foi ontem concluído o despacho de acusação referente aos incidentes do 127.º curso de Comandos, durante o qual morreram os instruendos Hugo Abreu e Dylan da Silva Araújo.

Os 19 militares acusados podem agora, depois de serem formalmente notificados,  requerer a abertura de instrução do processo, fase em que podem cair alguns dos crimes imputados.

O Ministério Público, que encontrou indícios de 489 crimes, tem também a possibilidade de prescindir de algumas dessas acusações, repartidas entre crimes de ofensas à integridade física graves e simples, avança o Observador.

O primeiro sargento Gonçalo Fulgêncio e os primeiros cabos Fábio António (oficial da instrução de tiro) e José Pires (responsável pela formação) são os militares que enfrentam o maior número de acusações.

Mário Maia, o tenente-coronel que dirigiu a Prova Zero, está acusado de 26 crimes, quase todos por ofensas simples, mas dois por ofensas graves, agravadas pela morte dos dois instruendos.

Miguel Domingues, o médico designado para acompanhar a instrução do curso 127 e que não estava no Campo de Tiro de Alcochete no momento da morte de Hugo Abreu (e quando mais de 20 outros instruendos recebiam cuidados médicos), está acusado de 29 crimes, três dos quais por ofensas graves, sendo dois deles agravados.

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