Eduardo Cabrita, o ministro da Administração Interna, garantiu que a morte de Ihor Homeniuk, o cidadão ucraniano que morreu em instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), “não tem nada que ver” com a reforma deste serviço.
“O trágico acontecimento não tem nada que ver com essa reforma”, afirmou o governante, na declaração mais marcante durante as cerca de quatro horas em que foi ouvido na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Ihor Homeniuk morreu nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, em março de 2020. O caso retornou à atualidade no final do ano passado, pouco antes de ser anunciada a reforma do SEF.
Sobre essa reforma, o ministro pouco explicou, referindo que passa pela “separação orgânica, muito clara, entre as funções policiais e as funções de autorização de documentação de imigrantes”.
As funções policiais do SEF serão assim distribuídas pela GNR, PSP e Polícia Judiciária, de acordo com o governante.
Quando rebentou a polémica sobre a morte de Ihor, no final de 2020, Cristina Gatões demitiu-se da direção do SEF. Recentemente, Cristina Gatões foi nomeada para um grupo de trabalho ligado aos vistos Gold, o que valeu nova onda de críticas a Eduardo Cabrita.
“É uma não questão. Um escândalo seria alguém aqui perguntar-me o que está a fazer em casa recebendo uma remuneração, sem uma função atribuída”, reagiu o ministro, quando questionado sobre o assunto.
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