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Mortalidade associada à Malária caiu 25 por cento, mas é preciso continuar a investir

mosquitoO Dia Mundial da Malária é assinalado na próxima quarta-feira com resultados animadores: a mortalidade associada à doença caiu 25 por cento na última década. Contudo, a Organização Mundial de Saúde lembra que “estes ganhos são frágeis” e apela a um maior investimento.

Uma queda da mortalidade em 25 por cento na última década atesta o sucesso do combate à malária, mas os resultados são “frágeis” e, num instante, podem “inverter-se”. O alerta parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), que na quarta-feira vai assinalar o Dia Mundial da Malária com um duplo apelo: para que a erradicação da doença continue a ser encarada como uma prioridade e para que haja mais investimento na investigação.

Os dados registados na última década são positivos. A mortalidade associada a esta doença caiu 25 por cento a nível mundial e, no continente africano, a descida foi de 33 por cento. Nas outras regiões, em 35 dos 53 países afectados pela malária o número de incidências foi reduzido para metade, ao passo que as taxas de mortalidade infantil nos países com intervenções substanciais de controlo da malária caíram cerca de 20 por cento.

“Estes ganhos são frágeis e podem inverter-se caso a malária deixe de ser uma prioridade para decisores e doadores a nível mundial, regional e nacional”, refere a OMS, num site vocacionado para o Dia Mundial da Malária e que tem por lema “suster ganhos, salvar vidas: investir na malária”.

O investimento é uma das necessidades mais referidas pela OMS, a par do apoio aos países que estão a implementar programas de controlo da doença. Isto porque há novas ameaças ao sucesso que tem sido o combate à malária, como é caso do aumento da resistência demonstrado por alguns parasitas, sendo por isso urgente continuar a investigar novas formas de reforçar o combate.

“Saber se o mapa da malária vai continuar a encolher, como tem acontecido na última década, ou se vai ser reclamado pelos parasitas da malária depende, em grande medida, dos recursos que serão investidos nos esforços de controlo nos próximos anos”, sublinha a organização.

As estimativas apontam para a necessidade de angariar, por ano, cerca de 7.000 milhões de dólares de forma a manter um combate eficaz: o dobro da verba pode não ser suficiente caso os programas de erradicação da doença sejam abandonados. Só em África, as perdas associadas à malária podem atingir os 12.000 milhões de dólares. O problema, confessa a OMS, é que ainda falta cerca de 2.400 milhões por ano.

Em 2010, esta doença – que é transmitida por parasitas, como o mosquito – terá provocado mais de 655 mil mortes, principalmente entre crianças em África. A malária tem cura, só que as restrições financeiras e o aumento da resistência aos medicamentos têm dificultado o controlo e erradicação.

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