Morrissey, ex-vocalista dos The Smiths, revelou que padece de um cancro. O músico britânico, de 55 anos, falou sobre a morte, em entrevista ao El Mundo: “Quando morrer, vou descansar”. Até lá, lutará com as suas forças. Por indicação médica, foi incentivado a antecipar o fim de carreira, mas Morrissey recusa-se a fazê-lo.
Não é uma novidade para Morrissey, que tem sido submetido a diversos exames e até tratamentos para travar o desenvolvimento de um cancro. Mas o músico britânico abriu o coração ao mundo, para traçar o seu destino: sofrer até à morte.
“Os médicos já fizeram quatro raspagens, para retirar tecidos cancerígenos. Neste momento, sinto-me bem e só irei descansar quando morrer”, disse o ex-vocalista dos The Smiths, em entrevista àquele diário espanhol.
Morrissey tenta desdramatizar esta realidade e não se mostra preocupado com o facto de ter de encarar a morte, antes do esperado. “O que poderei fazer?… Nada. Se eu morrer, morri”, realça.
Por esclarecer ficou de que tipo de cancro sofre Morrissey e qual o verdadeiro diagnóstico, ou estágio da doença. Certo é que o cantor, nas mais recentes aparições públicas, mostrou-se debilitado
“Algumas fotos recentes não apresentam uma pessoa em boa forma. Mas esse é um efeito da doença. Para já, não irei preocupar-me com isso. Quando morrer, vou descansar”, referiu ainda Morrissey.
O historial clínico do músico britânico não ajuda. O ex-vocalista dos The Smiths já teve de cancelar diversos concertos em resultado de problemas de saúde, alguns dos quais com internamento.
Por indicação médica, foi incentivado a antecipar o fim de carreira, mas recusa-se a fazê-lo. As árvores morrem de pé e Morrissey não quer parar de cantar, devido ao cancro.
Em digressão europeia a apresentar o décimo disco a solo, Morrissey, que no ano passado lançou uma autobiografia, pretende dedicar-se à escrita com mais afinco e escrever um romance. Mas não por culpa do cancro.
“Com um pouco de sorte, no próximo ano será lançado o meu primeiro romance. E assim deixarei de fazer música”, antecipa.