O primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, morreu, nesta segunda-feira à noite, aos 57 anos, vítima de uma infeção súbita. Era considerado um dos políticos mais influentes do continente africano.
Fonte do governo etíope admitiu que o estado de saúde do primeiro-ministro apresentara, nos últimos dias, melhorias, mas que uma infeção súbita contraída no domingo reverteu o processo de recuperação, obrigando-o a um internamento de urgência. “Morreu [na segunda-feira] por volta das 23:40”, refere a fonte. O chefe do governo estava internado há mais de um mês, em Bruxelas, devido a uma doença não especificada.
O processo de transição foi já assegurado pelo ainda vice-primeiro-ministro, Hailemariam Desalegn, que vai ocupar a liderança do governo.
Em reação, os rebeldes islâmicos da Somália – que mantêm um conflito armado com as forças governamentais etíopes, na zona fronteiriça – congratularam-se com a morte de Zenewi e consideraram este dia como “histórico.”
“Estamos muito contentes com a morte de Meles Zenawi. A Eitópia vai entrar em colapso com certeza”, afirmou à Reuters Sheikh Ali Mohamud Rage, porta-voz do grupo radical islâmico Al Shabaab.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também já reagiu publicamente, considerando que Zenewi, enquanto líder da Etiópia “mostrou um grande compromisso pessoal, durante muitos anos, com a melhoria das condições de vida não só dos etíopes, mas de todos os povos africanos.”
Meles Zenewi ascendeu ao poder, depois de se ter destacado, enquanto líder dos rebeldes, na revolta etíope de 28 de maio de 1991, que derrubou o regime do ditador Mengistu Haile Mariam.
