Morreu José Carlos Saldanha, o homem que, a 4 de fevereiro de 2015, contestou o ministro da Saúde (Paulo Macedo) no Parlamento, a propósito dos medicamentos para a hepatite C.
“Não me deixe morrer, eu quero viver”, gritou José Carlos Saldanha, durante a sessão na Comissão Parlamentar da Saúde, que debatia a comparticipação para os medicamentos inovadores contra a hepatite C.
À data, o Ministério da Saúde contestava os preços elevados que as farmacêuticas exigiam pelos medicamentos inovadores, num processo que se arrastou durante cerca de um ano, para desespero dos doentes com hepatite C.
Sem comparticipação, o tratamento custava cerca de 50 mil euros, sendo inacessível à esmagadora maioria dos doentes.
O óbito de José Carlos Saldanha foi confirmado por fonte oficial do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que adiantou que a morte se deveu a uma septicemia, que não está ligada à hepatite C, da qual José Carlos Saldanha já se tinha curado.
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