O neurocirurgião João Lobo Antunes morreu nesta quinta-feira, aos 72 anos. O médico presidia ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
João Lobo Antunes era um neurocirurgião reputado, distinguido com o Prémio Nacional de Saúde no ano passado. Antes, conquistara o Prémio Pessoa (em 1996). Foi o primeiro médico a implantar um olho eletrónico num invisual, cirurgia feita por si noutras pessoas com o mesmo problema.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) destacou o contributo de Lobo Antunes no prestígio do sistema de saúde português, a nível internacional.
“Cirurgião reputado, sábio homem da ciência e eticista, João Lobo Antunes é uma das figuras que mais contribuiu para o desenvolvimento da ciência médica em Portugal e é considerado um dos neurocirurgiões mais conhecidos do mundo”, pôde ler-se na nota da DGS, quando anunciou o vencedor do Prémio Nacional de Saúde do ano passado.
Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa com uma média final de 19,47 valores, João Lobo Antunes era professor catedrático na Faculdade de Medicina de Lisboa, e dirigiu o serviço de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O neurocirurgião recebeu a Medalha de Mérito de Ouro do Ministério da Saúde, em 2003, e foi ainda distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2004), Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada (2014) e Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (2016).
Atualmente, presidia ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Morreu nesta quinta-feira, vítima de doença oncológica.
Recorde a entrevista concedida à Agência Ecclesia.