Economia

Morangos e tomates ‘cherry’ com sabor a Portugal querem adoçar a gigantesca Ásia

frutos vermelhosMorangos, tomates ‘cherry’ e mirtilos são alguns dos frutos com que os produtores portugueses querem conquistar o enorme mercado asiático, a começar pela Asia Fruit Logística, em Hong Kong. A ideia é aproveitar o transporte barato oferecido pelo ‘corredor chinês’.

Portugal produz frutas e legumes capazes de competirem, pela qualidade, no mercado internacional e é com os olhos postos no enorme mercado asiático que, a partir de quarta-feira, vários produtores nacionais estarão presentes na feira Asia Fruit Logística, em Hong Kong.

A iniciativa partiu da Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, que convidou os associados a apresentarem-se com produtos de valor acrescentado e os pequenos frutos. “São os produtos que neste momento têm condições” para vingar no mercado asiático, como explicou o diretor executivo da Portugal Fresh, José Canha, citado pela Lusa.

Isto porque, além da qualidade, os produtos nacionais poderão vingar com um preço competitivo, desde que os produtores saibam aproveitar as oportunidades no setor dos transportes. A abertura de voos diretos diários para os Emirados Árabes Unidos permitirá escoar os produtos de quarta geração (prontos a consumir), como tomates (‘cherry’ e ‘berry’), morangos, framboesas e mirtilos.

Para as frutas com maior conservação, como ameixas, maçãs e peras, os produtores poderão recorrer às vias oceânicas. “Neste momento há um transporte marítimo muito importante da China para a Europa e no regresso os contentores voltam vazios”, pelo que as tarifas são bem menores, como salientou José Canha.

Mais do que apostar na internacionalização das empresas portuguesas, o objetivo desta iniciativa é obter retorno do muito “que têm investido na inovação”, gerando valor acrescentado para vender os produtos ou até serviços ligados à produção de frutas e legumes. O mercado chinês é, dada a relação histórica com Macau, o ponto de partida para esta aventura empresarial. “Queremos explorar este mercado porque tem capacidade de compra e o consumo está a crescer”, justificou o diretor executivo, lembrando que esta porta já foi aberta por outros produtos nacionais, nomeadamente o vinho e o azeite.

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